Rio Uma nova vítima reconheceu o delegado Carlos Eduardo Hertal, acusado de participar de uma blitz irregular em Niterói na noite da segunda-feira. O homem, que não quis se identificar, reconheceu Hertal pelas imagens da televisão na terça-feira, e afirmou que apesar de ter denunciado o policial, nunca houve nenhuma investigação.
"Fui abordado pelas costas com um cidadão gritando: Perdeu, perdeu. Deita no chão. Vai morrer. Chegou a sua hora. Vou te matar. Esse rapaz que está sendo denunciado, como eu vi na televisão, junto com o delegado Hertal, que estava dando cobertura a ele, com uma arma por trás. Até hoje eu não fui chamado para nada. Não fui chamado para depor, não fui chamado para reconhecer nenhum dos cidadãos que estavam no local", revelou o homem, que teria sido espancado pelo grupo do policial.
Na madrugada da terça-feira, o delegado e o agente penitenciário Marcelo Carvalho de Oliveira foram presos, acusados de promover blitzes irregulares pelas ruas de Niterói usando uma viatura da polícia. Os dois foram reconhecidos por duas vítimas, e serão investigados pela Corregedoria de Polícia Civil, que apura ainda a ligação de Hertal com a delegada adjunta Raíssa Celli, onde o caso foi registrado. Raíssa, que é noiva de Hertal, registrou o crime apenas como desacato, apesar das acusações de agressão, roubo e porte ilegal de arma que pesavam sobre seu noivo.
A corregedora da Polícia Civil Ivanete Araújo pretende fechar o relatório da sindicância ainda no fim desta semana, e afirmou que o inquérito deve ser concluído até o fim do mês. Ela lembrou que as testemunhas do caso devem se apresentar para auxiliar na investigação. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que já abriu uma sindicância para investigar o envolvimento do agente Marcelo Carvalho de Oliveira.
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