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O ataque do jacaré a um cão no Parque Barigüi, nesta semana, não é inédito. É o que afirma o corretor de seguros Diney Júnior, 40 anos. Segundo ele, em outra tarde de terça-feira de carnaval, há três anos, um dos répteis do local mordeu um cachorro que bebia água no lago, próximo ao Centro de Convenções. Naquela ocasião, o cachorro conseguiu escapar, mas saiu mancando e ganindo.

A cena foi presenciada por Diney, sua família e por pessoas que passeavam por ali naquele dia. Horrorizado, o corretor de seguros chegou a narrar a história na época na coluna do leitor da Gazeta do Povo. Surpreso com as coincidências que envolvem os dois ataques, Júnior tem dúvidas se o acidente teve mesmo a autoria do jacaré mais jovem. "Se já houve um ataque antes, quem garante que não foi feito pelo mais antigo?", diz.

Segundo o superintendente de Obras da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba, Paulinho Dalmaz, não há registro oficial anterior de ação semelhante. "Mas não importa se foi a primeira ou a segunda vez. Temos de nos preocupar com a segurança das pessoas", diz.

O acidente reacendeu a polêmica sobre a presença de jacarés no Parque Barigüi. De acordo com o biólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Júlio César de Moura Leite, apesar de enxergar e ouvir, os jacarés reagem conforme as vibrações que sentem na água. "Não acredito que ele tenha atacado por fome. Ele também poderia estar estressado", diz.

Os leitores da Gazeta do Povo estão divididos sobre a manutenção ou não dos jacarés no parque. Na opinião de Sandra Azevedo, eles devem ser removidos. "Se o jacaré do Barigüi já atacou cães, é porque existe o risco de ataque a pessoas. Animais como jacarés devem ir para o zoológico em vez de ficarem num parque público onde há risco de ataques a pessoas", diz. Já Liziene dos Santos defende que os jacarés já estão há muito tempo no local e ali devem continuar. "É claro que tê-los por perto requer atenção redobrada tanto com as crianças como bichos de estimação. Nada que não possa ser contornado se respeitarmos o espaço desses animais", afirma.

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