A existência de um suposto esquema de corrupção no departamento de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Paraná levou mais um fiscal para a cadeia. O servidor Gélson Jair Severo, que trabalha há 23 anos no órgão ambiental, foi detido na última segunda-feira quando prestava depoimento na Polícia Federal. Ele teve a prisão preventiva decretada pela 1.ª Vara Federal Criminal.

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No último dia 4, a fiscal Roseli Francisco Possato já havia sido presa em flagrante, em frente à sede do Ibama, ao receber R$ 10 mil do contador Mauro Szczerbowski, representante da Borabora Madeiras Ltda, de Araucária, na região metropolitana da capital. Segundo a PF, ela teria exigido dinheiro para livrar a madeireira de multas e facilitar a emissão de documentos.

De acordo com o superintendente substituto do Ibama no Paraná, Valdeci Raimundo, foi Severo quem assinou a notificação feita à Borabora, que culminou com o flagrante de suborno. Se forem comprovadas as acusações, os fiscais podem ser condenados a penas que variam de 2 a 12 anos de prisão. Raimundo diz que o Ibama já abriu uma sindicância para investigar o procedimento de Roseli e deve fazer o mesmo no caso de Severo. Já o contador da madeireira, acusado de corrupção passiva, foi solto na última sexta-feira, após a Justiça aprovar o pedido de liberdade provisória.

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