Se por um lado o baixo investimento do governo federal em saúde no Paraná onera os caixas das secretarias de estado e municípios, por outro, gera uma série de transtornos à população. Como ao inspetor de qualidade José Inácio de Morais, 41 anos, portador de fibrose hepática – conhecida como cirrose e que altera as funções das células do fígado –, que não consegue obter gratuitamente o remédio Ursacol (150 mg) para prosseguir o tratamento.

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Com salário de R$ 780, Morais não consegue bancar sozinho o custo das nove caixas do medicamento que consome por mês. Ao preço de R$ 40, o inspetor é obrigado a dedicar praticamente metade do que recebe apenas à compra do medicamento. E mesmo assim não consegue adquirir a quantidade necessária, já que tem que sustentar a casa também. "Sou obrigado a pedir ajuda para familiares e amigos para comprar o remédio", ressalva.

De licença médica desde o fim de agosto, Morais ainda enfrenta outra falha de órgãos federais. Por causa da greve do INSS, o inspetor de qualidade recebeu o salário somente dois meses após o previsto e ainda apenas uma parcela. (MXV)

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