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Sítio Cercado

Pacientes passam até 5 horas em fila de posto

Dezenas de pacientes reclamaram da demora no atendimento, ontem, no Posto de Saúde 24 horas do Sítio Cercado, em Curitiba. Segundo os pacientes que esperavam há horas na fila, os médicos vêm atrasando as consultas de propósito para protestar contra o salário. A informação foi confirmada por uma funcionária do posto que pediu para não ser identificada. "Ultimamente tem sido assim. Eles [médicos] não falam oficialmente, mas fazem corpo mole no atendimento", diz. Ontem, o tempo médio de espera para atendimento era de cinco horas.

A cabeleireira Thais Correa Raquel, 21 anos, era uma das mais revoltadas com a situação. "Eu estou há cinco horas na fila esperando atendimento. Quando eu cheguei tinham 25 pessoas pessoas na minha frente. Passou todo esse tempo, ainda tem 25 pessoas na minha frente. Tudo isso por causa de uns médicos que estão querendo aumento e não atendem a população", disse.

Idosos também aguardavam o atendimento. A aposentada Cân­dida Vilaca Risicaroli, 65 anos, começou a sentir alguns sintomas da gripe e resolveu procurar atendimento médico às 13h30. Ontem, às 20 horas, ela ainda aguardava na fila. "É um descaso. O idoso não deveria ter prioridade no atendimento? É um absurdo o que estão fazendo com a gente", desabafou.

Para a professora Jussara de Fátima Landarin, 52 anos, a demora é um descaso. "Falta bom senso. Eles tratam o serviço como se ele fosse gratuito. E não é. Este é o plano mais caro que eu conheço. Ele é pago por todos. Nós não estamos reclamando do incomum, mas de algo que acontece todo dia, em todos os postos, corriqueiro", disse.

De acordo com o diretor do Sistema de Urgência e Emergência de Curitiba, Matheus Chomatas, que esteve ontem a noite no local, houve um aumento na demanda nos últimos três dias. "Nós estamos tentando levantar o motivo. Se é uma virose ou algum problema de oferta em outros serviços. Também fui informado que hoje [ontem] tivemos duas quedas do sistema informatizado. Isso faz com que nós sejamos obrigados a parar o serviço, a preencher fichas manuais e fazer uma nova chamada."

Em relação à denúncia de que os médicos estariam promovendo alguma "operação tartaruga", Chomatas disse que a prefeitura desconhece a informação. "Houve um reajuste há pouco tempo repassado a esses profissionais. E como não houve nenhuma reclamação formal sobre o reajuste."

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