Para garantir o atendimento aos demais pacientes e a segurança dos profissionais de saúde, o Hospital Municipal de Maringá optou por isolar os pacientes e reforçar o uso de roupas e acessórios de segurança para evitar contágio| Foto: Prefeitura de Maringá/Reprodução

Medidas de prevenção e controle de infecções que os hospitais devem utilizar:

- Todos os profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes devem higienizar as mãos frequentemente;

- Disponibilizar continuamente insumos para a correta higienização das mãos e dos ambientes;

- Disponibilizar continuamente Equipamento de Proteção Individual (luvas e aventais) para o manejo do paciente e suas secreções, além da correta paramentação para lidar com o ambiente em torno do paciente, colonizado ou infectado;

- Reforçar o cuidado com o paciente, portador de bactéria multirresistente, preferencialmente feito por um corpo profissional exclusivo;

- Reforçar a aplicação de precauções de contato específicas para profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes, quando do isolamento de microrganismos de importância epidemiológica definida, ou, de forma empírica, para pacientes sob risco de colonização pelos mesmos, até a obtenção de resultados de testes de vigilância microbiológica;

- Enfatizar as medidas gerais de higiene do ambiente: limpeza e desinfecção de superfícies, tendo esta rotina e os insumos padronizados;

- Aplicar, durante o transporte intra-institucional e interinstitucional, as medidas de precauções de contato para os profissionais que atuam diretamente com o paciente, incluindo o reforço nas medidas de higiene do ambiente;

- Monitorar os casos de infecções nos pacientes suspeitos e mais suscetíveis;

- Implantar políticas de uso racional de antimicrobianos (antibióticos, antifúngicos e antivirais) e outras medidas que forem necessárias de acordo com a instituição.

Fonte: Lacen

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Quatro pacientes estão isolados no Hospital Municipal de Maringá, no Noroeste do Paraná. Eles estão contaminados com a superbactéria KPC, que pode, inclusive, provocar o óbito de quem for contaminado. Três desses pacientes são idosos – um deles possui problemas cardíacos e outro está tratando de pneumonia.

Segundo o médico Luiz Jorge Moreira Neto, que atua no hospital, esses pacientes passaram por outros municípios da região. "Depois eles se sentiram mal e procuram uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Foram encaminhados para o hospital e fizemos exames para descobrir o que era", conta.

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Após os exames foi constatado que os quatro pacientes estão colonizados pela bactéria. "Isso significa que a bactéria ainda não provocou nenhuma doença nessas pessoas. Não há infecção provocada por essa bactéria", explica Moreira Neto.

Isolados

Para garantir o atendimento aos demais pacientes e a segurança dos profissionais de saúde, o hospital optou por isolá-los e reforçou o uso de roupas e acessórios de segurança para evitar o contágio.

Os quatro pacientes estão recebendo medicamentos para evitar que ocorra qualquer infecção provocada por essa superbactéria.

Levantamento

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Em todo o Paraná, o Laboratório Central do Estado (Lacen) informa que das 1.324 amostras de pacientes enviadas à entidade até o início de agosto deste ano, 694 foram positivas para a KPC. Em 2013, das 1.348, 888 foram positivas para a superbactéria.

A KPC provoca resistência aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A bactéria pode ser transmitida por contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.