Vinte pacientes que tiveram a micobactéria de crescimento rápido, em Curitiba, entraram na Justiça em busca de compensação financeira pelos transtornos causados pela infecção. Eles processam o hospital e pedem pensão alimentícia, cirurgias de reparação e tratamento psicológico. Segundo o advogado Eduardo Mileo, não foram fixados valores e o processo já foi distribuído para a 17ª Vara Cível de Curitiba. O advogado solicita na ação antecipação de tutela, para que alguns efeitos da sentença sejam antecipados.
Os pacientes criaram uma associação informal. O representante dos pacientes, Selmar Cardoso, cuja esposa teve a infecção, diz que a medida processual tem caráter indenizatório. "No meu caso, com minha esposa, estávamos tentando um filho. O sonho foi adiado por tempo indeterminado", afirma Cardoso.
Ele observa que, na maior parte dos pacientes que tiveram alta, não apareceram nódulos, mas, em outros, a medicação produziu efeitos colaterais. Além disso, ele cita que o principal foi o trauma sofrido."Isso é uma cicatriz não visível, que vai ficar no corpo das pessoas para o resto da vida", conclui.
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