Há um século era inaugurada a primeira sede própria da administração pública de Curitiba. O Paço da Liberdade, um dos mais imponentes prédios da capital do estado, começou a funcionar no dia 24 de fevereiro de 1916. Até então, a prefeitura chegou a funcionar em salões de igrejas e dividiu espaço até com a cadeia pública.
O dia 13 de novembro de 1969 foi o último de despachos no Palácio da Liberdade, sob o comando do prefeito Omar Sabbag. Em 1970, após ter abrigado temporariamente o Projeto Rondon, o prédio teve sua restauração iniciada e interrompida no ano seguinte, sendo retomada em 1972.
Por quase cinco anos, o Paço ficou sem função. Até que em janeiro de 1974 o Museu Paranaense foi transferido para o espaço, que permaneceu até 2002 no endereço. Hoje o prédio abriga um espaço cultural do Serviço Social do Comércio (Sesc). Nesta quarta-feira, haverá uma cerimônia para celebrar a data a partir das 19 horas e, na quinta-feira (25), também às 19 horas, será inaugurada a exposição “Múltiplos Instantes” com quadros pintados por diferentes autores que mostram perspectivas e aspectos distintos do Paço.
Início
A construção do Paço partiu do engenheiro Cândido de Abreu. Ao se tornar prefeito da cidade no começo da década de 1910, escolheu o local no centro da cidade e deu início às obras em 1914. Antes o terreno abrigava os quiosques do Mercado Municipal.
O Paço Liberdade é o único imóvel de Curitiba tombado nas três instâncias de proteção histórica. Ele é uma unidade de patrimônio municipal, é tombado pela Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Paraná e é o único bem arquitetônico da cidade tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).
Curiosidade
Durante os trabalhos de restauro do Paço da Liberdade, em 2007, arqueólogos descobriram parte do piso e das paredes do antigo Mercado Municipal, que esteve no local antes da construção do prédio. Foram colocados piso de vidro para que o visitante possa observar como era parte do Mercado.