"Vamos voltar para a estrada!", reagiram os agricultores rurais assim que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, terminou a apresentação do Plano Safra.

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O anúncio das medidas foi acompanhado pela tevê por um grupo de 50 agricultores – em vigília na sede do Sindicato Rural de Londrina desde terça-feira. A maioria deles "está na estrada" desde o dia 9, quando bloquearam o trânsito ferroviário em Rolândia e depois em várias cidades do norte do Paraná. Neste sábado eles devem se reunir para decidir as ações das próximas semanas.

Os agricultores foram unânimes em reprovar as medidas, principalmente as que se referem à prorrogação de suas dívidas e à falta de garantia imediata de preços mínimos. Roberto Pacheco, agricultor em Prado Ferreira, foi claro: "Não estamos devendo para banco, mas para terceiros".

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"Isso não é um pacote. É um embrulho", disse Moacir Canônico, de Cambé.

Por causa desse pessimismo, houve bloqueio durante quatro horas na BR-369, um dos principais acessos a Londrina, além de outras rodovias no estado. Na Região Oeste, houve bloqueios parciais em Toledo, Assis Chateaubriand, Tupãssi, Guaíra, Terra Roxa, Palotina, Francisco Alves e Maripá, na PR-581 e na BR-467. Na região de Umuarama, foram trancadas a PR323 e a BR-163. As filas chegaram a dois quilômetros.