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Um agricultor de 22 anos foi preso pela polícia civil de Barbosa Ferraz, na Região Centro-Oeste do estado, acusado de agredir e abusar sexualmente, com auxilio de uma chave de fenda, um menino de quatro anos e nove meses. O enteado, portador da doença autismo, está internado na UTI do Hospital Universitário de Maringá.

A prisão preventiva do acusado aconteceu após a Polícia Civil confrontar os depoimentos de parentes, membros da escola da APAE e integrantes do Conselho Tutelar, com laudos do Instituto Médico-Legal de Maringá. "O laudo apontou lesões em partes intimas e politraumatismo. Ele confessou que teria introduzido uma vez a chave de fenda na criança por causa do constante choro", contou o delegado Juarez Dias, que tem 30 dias para concluir o inquérito. "Falta interrogar mais algumas testemunhas e finalizar o caso que será encaminhado ao Ministério Público".

O delegado pretende transferir o agricultor para evitar transtornos na delegacia. "A população está indignada e revoltada com o caso. Por enquanto ele está em uma cela separada, mas em breve poderá ser transferido". A criança teria sido encontrada por uma assistente social da APAE, na casa dos pais com diversas hematomas no rosto, braços, pernas e marcas de queimaduras nas costas. Ele foi encaminhado ao hospital Municipal de Barbosa Ferraz onde passou internado por um dia. "Devido à gravidade do quadro clínico, foi necessária a sua transferência para a UTI do hospital em Maringá. Os exames comprovaram a violência física e sexual", disse o conselheiro tutelar Celso Wagner Marques Inácio. Segundo ele, o Conselho Tutelar já fez o pedido de abrigo da criança. "Foi uma covardia o que aconteceu. Já solicitamos na Justiça a guarda da criança, que além da violência sofrida, estava desnutrida".

A mãe de 20 anos, contou que o padrasto agredia constantemente a criança. "Nunca denunciei por causa das ameaças de morte. Por diversas vezes entrei na frente do meu filho para evitar as agressões", disse s mãe que suspeitava que as hematomas fossem decorrente da febre alta. "Ele estava com gripe. Não imaginava que teria ocorrido algo mais grave a ponto de perfurar o baço do meu filho", lembrou. Ela teria visitado familiares e deixou o filho em casa aos cuidados do padrasto. "Acredito que ele fez isso por maldade, sempre teve um comportamento estranho".

Segundo o hospital, a criança está na UTI, seu estado de saúde é estável e ele deve permanecer internado por mais 30 dias.

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