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O Padre Cícero ou Padim Ciço, como é conhecido na região, teve o nome incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria nesta quarta-feira (11). A proposta foi aprovada nas duas casas legislativas e sancionada pelo presidente Lula. Agora, o nome do sacerdote, que está em processo de beatificação, será escrito no “livro de aço” que fica guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. O monumento fica localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O projeto de lei foi apresentado pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE). No plenário da Câmara dos Deputados, contou com a relatoria da deputada Jandira Feghali (PcdoB-RJ) e com o parecer pela aprovação de Cid Gomes (PDT-CE) no Senado.
Regulamentado por lei, o livro de Heróis da Pátria é um título dado a brasileiros que tiveram uma atuação relevante na história do país. O livro conta com nomes de diversas áreas: política, cultural, religiosa, esportiva. Machado de Assis, José Bonifácio de Andrada, Leonel Brizola, Padre José Anchieta são alguns dos quase 70 nomes que compõem o livro.
Padre Cícero foi reconhecido pelo trabalho pastoral e envolvimento em causas políticas
Padre Cícero nasceu no município de Crato, no Ceará, em 1844, mas foi em Juazeiro do Norte onde ganhou reconhecimento pelo trabalho pastoral e envolvimento em causas políticas. Lá, reformou a capela de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade.
Aos 90 anos faleceu e, após a sua morte, foi crescendo a devoção ao vigário. Em 1969, uma estátua do sacerdote foi levantada em Juazeiro em homenagem ao religioso. Anualmente, no dia de finados, inúmeros peregrinos saem de suas casas para visitar o túmulo de Padre Cícero.