Sacerdote começou a ser investigado em 2007
O promotor Paulo Conforto, que relatou o caso dos supostos abusos cometidos pelo padre Vitalino Rodrigues de Lima à Justiça, conta que as investigações foram iniciadas em 2007. O padre chegou a ser detido por um policial militar do Serviço Reservado (P-2) quando estava acompanhado de duas crianças, mas a Polícia Civil entendeu que não havia flagrante ou qualquer outro motivo para prender Lima.
"O policial fez uma investigação por conta própria. A partir disso a polícia e o Ministério Público começaram a agir", diz Conforto. Dois anos depois, as investigações estão concluídas.
O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) prendeu o padre na manhã de ontem. O acusado se entregou sem resistência, segundo a Polícia Civil. À tarde ele foi levado ao Centro de Triagem 2, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, onde permanece em cela separada dos demais presos. Procurados, o advogado do padre ou outros integrantes da Paróquia Nossa Senhora da Luz não foram encontrados para comentar o caso. (JV)
Foi preso na manhã de ontem o padre Vitalino Rodrigues de Lima, acusado de abusar sexualmente de crianças no Jardim Eucaliptos, em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. A prisão preventiva foi decretada no fim da tarde de quinta-feira.
De acordo com denúncia do Ministério Público, Lima abusou de cinco crianças. Moradores do bairro, onde se localizam a sede da paróquia e a casa do acusado, afirmam que o padre fez pelo menos 20 vítimas. A maioria teria medo de formalizar denúncias para não expor a vítima nem sofrer retaliações.
O padre atacava meninos de 8 a 12 anos que moravam na região, de acordo com o MP. Os abusos teriam ocorrido na casa do sacerdote ou na própria igreja, a Paróquia Nossa Senhora da Luz. Para atrair as vítimas, o padre oferecia doces e brinquedos.
Duas parentes de crianças vítimas do padre contam que os meninos passam por atendimento psicológico até hoje. "Meu filho é briguento, é nervoso, dá problema na escola", conta a mãe de uma das vítimas. "Acho que ele escolheu o meu filho porque achou que ninguém acreditaria nele."
O garoto tinha 11 anos quando começou a sofrer os abusos. Recentemente, o pai do garoto morreu baleado, o que teria trazido consequências psicológicas ainda mais graves. O garoto foi reprovado na escola duas vezes depois dos abusos.
A tia de outra vítima relata que o sobrinho, na época com 9 anos, era coroinha do padre. "Achávamos que o menino estaria protegido na igreja", disse. Segundo ela, por um ano, o padre manteve relações com o menino embaixo do altar momentos antes de celebrar a missa.
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