O padre Kelmon Luis da Silva Souza, que foi candidato à Presidência da República pelo PTB nas eleições 2022, saiu da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil e passou a integrar a Igreja Ortodoxa Grega na América e Exterior.
Na última sexta-feira (16), a Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil publicou um comunicado sobre o desligamento do padre Kelmon no Facebook da instituição, mas não informou o motivo. A publicação dizia apenas que ele não estava mais autorizado a falar em nome da igreja e a realizar os sacramentos.
“Apenas para informação que os referidos Sacerdotes Pe. Kelmon e Pe. Lucas não pertencem mais ao clero da Santa Igreja Ortodoxa do Peru, desejamos bênçãos em seus novos caminhos”, disse a entidade.
Mas, nesta segunda-feira (19), o sacerdote e ex-candidato a presidente fez uma postagem nas redes sociais com dois documentos, um com o pedido para passar a integrar a nova igreja e o outro com a decisão da Igreja Ortodoxa Grega na América e Exterior de aceitá-lo nesse clero.
De acordo com o texto, “o supracitado religioso passa a gozar de plena comunhão com Nossa Santa Igreja, e que se faça correr todos os processos canônicos para que se realize, em tempo oportuno, sua Kirotonia Episcopal”.
A ordem da qual padre Kelmon fazia parte chegou a ser alvo de questionamentos durante a corrida presidencial. À época, a campanha disse à Gazeta do Povo que existem vários patriarcados ortodoxos que são independentes e autocéfalos, ou seja, com domínio próprio e autorregulamentados.
Padre Kelmon passou a ser o candidato do PTB à Presidência da República após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar a candidatura do ex-deputado Roberto Jefferson. Ele era o vice na chapa e passou a ser o titular após a decisão da corte. O cargo de vice então foi destinado ao pastor Luiz Cláudio Gamonal.
A reportagem entrou em contato com o PTB para obter mais informações sobre a mudança de igreja de padre Kelmon, mas não teve retorno até a publicação da matéria.
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