Detido diversas vezes por dirigir embriagado e causar acidentes em São Jose do Rio Preto, a 440 quilômetros de São Paulo, o padre Aparecido Donizete Bianchi, de 52 anos, está internado, em estado grave, no Hospital de Base do município, vítima de mais um acidente após dirigir sob efeito de álcool. Segundo boletim médico divulgado às 17 horas desta segunda-feira (18), Bianchi - que está em coma induzido e respira com auxílio de aparelhos - não apresentou qualquer melhora desde às 21h30 do último sábado, quando foi internado. Ele fraturou a bacia, sofreu uma forte lesão num dos pulmões e corre risco de morrer. Na manhã desta segunda, ele recebeu a visita de um padre, que foi abençoá-lo, e da irmã.

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O padre ia para uma festa, na cidade de Planalto, quando perdeu o controle do veículo, modelo Gol, que dirigia e bateu de frente com um caminhão guincho. O acidente foi na estrada vicinal que liga Ubarana a Santa Luzia, duas cidades próximas de Planalto, município para onde ele foi transferido, em 16 de abril do ano passado. Ele perdeu o cargo de diácono da Catedral de São José (igreja matriz de Rio Preto) por causa das ocorrências policiais. Os fiéis de Planalto o aguardavam para comemorar um ano de atividades do padre na comunidade, mas o acidente adiou a festa. Mais uma vez o padre, que estava com a carteira nacional de habilitação (CNH) suspensa por conta dos acidentes, estaria dirigindo sob efeito de álcool.

Segundo a polícia, no carro, que ficou com a frente totalmente destruída, foram encontradas latas de cerveja. O padre também é acusado de, antes do acidente, pegar R$ 20 em mercadorias na loja de conveniência de um posto de combustíveis e sair sem pagar. O dono do posto, localizado em frente do trevo de Ubarana fez boletim de ocorrência contra o padre e disse aos policiais que o religiosos estava bêbado.

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A assessoria da Diocese de Rio Preto informou que o bispo dom Paulo Mendes Peixoto estava viajando e deveria dar entrevista coletiva amanhã para comentar o assunto. A Diocese divulgou uma nota explicando os procedimentos adotados diante dos acontecimentos envolvendo o padre.

Em 2006, Bianchi foi processado e posteriormente condenado por dirigir embriagado, desacatar e tentar corromper policiais. Parado na blitz, bêbado, ele aumentou o volume do som do carro e desacatou os policiais militares dançando a música do "É O Tchan". Pelo deboche, e posterior tentativa de suborno, e por dirigir embriagado, pegou pena de dois anos em regime fechado, mas a punição foi transformada em serviços para a comunidade. Em 2007 e 2008, ele foi flagrado atravessando preferenciais e o sinal vermelho em ruas da cidade, supostamente embriagado.

Em 2009, com a CNH vencida e com cerveja no carro, atropelou dois motociclistas e fugiu sem prestar socorro. Por conta do acidente, foi transferido para Planalto, e após suposto tratamento contra o álcool, seria pego novamente, desta vez por policiais rodoviários, dirigindo em ziguezague na rodovia BR-153. Ainda em 2010, ele teria sido acusado de assédio moral por hostilizar a acompanhante de uma idosa.