Silvino Fernandes Dias, pai dos senadores paranaenses Álvaro e Osmar Dias, morreu na madrugada desta quinta-feira. Silvino tinha 95 anos, completados no dia 17 de fevereiro.
De acordo com as informações da rádio CBN, Silvino teve falência múltipla dos órgãos. Ele tinha problemas circulatórios e estava internado há 15 dias por causa de uma pneumonia.
O corpo está sendo velado em Maringá, no Noroeste do Paraná. O enterro está previsto para às 17h30. Álvaro, que estava em São Paulo, pegou um avião e deve chegar por volta de 10h30. Osmar, que estava em Curitiba, foi para Maringá, segundo assessores.
Eis a nota oficial de falecimento enviada pelo escritório do senador Alvaro Dias:
"O sr. Silvino Fernandes Dias, pai dos senadores Alvaro Dias e Osmar Dias, morreu na madrugada de hoje em Maringá, onde será sepultado às 17h30, no Cemitério Municipal. O corpo está sendo velado na Capela do Prever, da Funerária Maringá, defronte ao cemitério. Com 95 anos de idade (nascido em 17 de fevereiro de 1911), Silvino Dias estava há alguns dias hospitalizado, ultimamente em estado de coma, vítima de pneumonia.
"Nascido em Guaratinguetá, no estado de São Paulo, Silvino Dias cresceu em Quatá, no mesmo estado, onde casou-se com Helena Fregadolli Dias (falecida em 2004) e teve nove dos seus dez filhos: Orlando, Sílvio, Ademar, José, Alvaro, Hélio, Paulo, Bento (falecido ainda jovem, em acidente automobilístico) e Osmar. A única filha, Terezinha, iria nascer em Maringá, para onde ele mudou-se com toda a família em 1954.
"Silvino Dias tornou-se um pioneiro de Maringá, onde começou a abrir uma fazenda em 1938, bem nos limites de onde a cidade iria surgir muitos anos depois, em 1947. Sua mudança do tranqüilo interior paulista para a região ainda em processo de desbravamento, do Noroeste do Paraná, exigiu coragem e determinação, face às condições adversas da época, início da Segunda Guerra Mundial. Silvino viajou do interior de São Paulo à nascente Londrina, no Norte do Paraná, aboletado sobre o bagageiro de uma antiga "jardineira".
"De Londrina, viajou cerca de 100 km em lombo de cavalo, por uma estrada que era pouco mais do que uma picada na mata virgem, até o povoado que viria a se transformar futuramente na cidade de Mandaguari. Ali, no escritório da Companhia de Terras do Norte do Paraná, a empresa dos ingleses que estavam colonizando a região, escolheu e adquiriu uma gleba de 100 alqueires, ainda de mata virgem, que escolheu por dispor de bastante água e por estar próxima ao traçado da ferrovia que já se sabia por onde iria passar.
"Durante alguns anos, alternou-se em temporadas no meio da mata, participando pessoalmente da formação da sua fazenda de café, até 1954, quando mudou-se para lá com toda a família. Homem de personalidade rígida e princípios sólidos, Silvino Dias fez questão de proporcionar ensino superior a todos os seus filhos, mas a nenhum poupou do trabalho na fazenda que abriu."