O pai de Rafael Bussamra, Roberto Bussamra, revelou que o sargento da PM Marcelo Leal de Souza Martins e o cabo Marcelo Bigon, que liberaram o carro do filho, após o atropelamento do músico e skatista Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, na madrugada de terça-feira (21), exigiram R$ 10 mil para liberarem o carro e desfazerem o local do acidente. Segundo Roberto, os PMs o ameaçaram se ele procurasse a delegacia para denunciá-los.
Roberto prestou depoimento nesta quinta-feira (22) na 15ª DP (Gávea), junto com o outro filho, Guilherme. O pai do atropelador disse que ficou com medo e deu apenas R$ 1 mil aos policiais, no mesmo dia do acidente, na manhã da última terça-feira. O pai e filho saíram sem falar com a imprensa, acompanhados do advogado Spencer Levi. O depoimento durou cerca de seis horas. O objetivo era explicar por que levaram para uma oficina mecânica o carro usado no dia do acidente que resultou na morte de Rafael.
A delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), não quis falar com a imprensa sobre o depoimento de Roberto e Guilherme. O chefe de operações da delegacia informou que não serão colhidos novos depoimentos neste fim de semana e que este tempo será utilizado para que os policiais possam estudar o caso.
Nesta quinta-feira (22), o lanterneiro Paulo Sérgio Gentile Muglia, de 48 anos, contou, também em depoimento à 15ª DP, que o pai e o irmão de Rafael Bussamra deixaram o Siena na porta da oficina Grande Amigos, no bairro de Quintino, na Zona Norte, poucas horas após o acidente. O carro foi deixado no local por volta das 5h de terça-feira. O atropelamento aconteceu à 1h30m.
Segundo o lanterneiro, eles telefonaram para o estabelecimento pela manhã e pediram para que o conserto do veículo, amassado e com um farol quebrado, fosse feito o mais rápido possível. Antes que o reparo fosse finalizado, segundo o lanterneiro, Bussamra voltou a ligar, por volta das 10h, e perguntou se o conserto já estava sendo feito. O lanterneiro teria respondido que já havia começado a trabalhar no veículo, mas Bussamra pediu para cancelar o serviço, sem explicar o motivo. Depois desse contato, ninguém da família do motorista voltou a ligar para a oficina, garantiu o lanterneiro.
"Tentaram encobrir, levando o carro para consertar. Meu Deus, isso é uma vergonha. O que você deveria fazer era se apresentar e dizer 'eu sou homem, estou me entregando e peço desculpas à família'", disse, referindo-se ao rapaz que atropelou o irmão, e criticou também a desculpa dada pelo grupo, que alegou ter feito a bandalha dentro do túnel para pegar a pista no sentido Zona Sul.
"Dizer que estavam voltando para um lanchinho é mentira". João Velho atribuiu o comportamento à má educação. "Pessoas que fazem besteiras têm que ser presas. A culpa é dos pais que educaram assim", finalizou.
STF poderá forçar governo a tomar medidas mais efetivas contra danos das bets
Com argumentos de planos de saúde, associações de autistas fazem lobby negacionista com governo Lula
Novo “AeroLula”? Caso do avião presidencial no México reacende debate
“Precipitada” e “inconsistente”: como economistas reagiram à melhora da nota do Brasil
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora