O pai de uma adolescente de 12 anos que foi estuprada em setembro do ano passado prendeu com as próprias mãos o suspeito de cometer o crime na noite de sábado (7), em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. No entanto, a Polícia Civil mandou liberar o acusado, pois ainda não há mandado de prisão.
O suposto estupro foi feito por um jardineiro considerado até então amigo da família. Segundo o pai da criança, que tem 34 anos e trabalha em uma empresa no bairro Boqueirão, em Curitiba, o jardineiro prestou serviços por dois dias no pátio da casa durante o mês de setembro de 2008. Em um desses dias, apenas os filhos do casal dono da casa estavam presente. Para distrair o irmão mais velho da vítima, de 15 anos, ele teria dado R$ 5 para ele comprar cigarros em uma mercearia. Outro irmão, de 4 anos brincava no pátio.
"Ele dominou a minha filha (a menina de 12 anos) e ameaçou que a mataria se não fizesse tudo o que mandasse", conta o pai. Foram cerca de 20 minutos de violência sexual.
Apenas no início de março deste ano a família tomou ciência da violência, pois a jovem está grávida. De acordo com o pai da vítima, ela tinha medo de contar o estupro para, pois o jardineiro teria ameaçado matar a todos. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da Mulher e do Adolescente de São José dos Pinhais no dia 4 deste mês.
Com as próprias mãos
Na noite de sábado (7), o pai conta ter encontrado o suspeito. "Só não matei porque a polícia evitou", confessa. O acusado foi levado até a delegacia regional de São José dos Pinhais pela Polícia Militar, mas foi solto logo depois.
"Não tinha porque manter ele preso. Não é flagrante, não há um mandado. Se a Polícia Militar o deteve, foi uma arbitrariedade que eu não tenho nada a ver", disse a delegada Darli Rafael. A delegada disse que deve escutar a vítima, que completou 13 anos em novembro, e obter mais evidências para então pedir a prisão do suspeito.
O pai se disse indignado com a decisão da delegada. "Se eu ver esse sujeito na rua, não sei o que sou capaz de fazer", diz o pai. Segundo ele, a família deve criar a filha da menina violentada, que não deve deixar de frequentar a escola.