O pai do menino de 6 anos que ficou dois dias trancado num apartamento no Leme quer ficar com a guarda da criança. O holandês, que trabalha no México, chegou nesta quinta-feira (11) ao Rio e participou junto com outros familiares de uma entrevista com uma assistente social na 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso. A entrevista faz parte do exame psicossocial que fará com que o juiz titular Pedro Alves decida com quem o garoto vai ficar.
Apreensivo, o holandês queria saber se o juiz tomaria a decisão ainda nesta quinta-feira, preocupado se o menino dormiria ou não mais um dia no abrigo. A decisão de pedir a guarda da criança contraria a declaração feita através de seu advogado na última terça-feira, quando teria aberto mão da guarda da criança.
Antes de o pai do menino chegar ao Brasil alguns parentes estavam se mobilizando para ficar com a criança, entre eles o irmão de 17 anos do garoto. Como ainda é um adolescente, o jovem chegou a pedir ao pai, que não tem vínculos biológicos com a criança, para ficar com a guarda.
O menino foi abandonado pelo mãe no apartamento no último fim de semana. Ele foi resgatado por bombeiros na madrugada de segunda-feira, após vizinhos ouvirem seus gritos pela janela. Na terça-feira, a Justiça revogou a guarda provisória, por 30 dias, concedida à avó materna do garoto, que está no Educandário Romão de Mattos Duarte, em Laranjeiras. O motivo da revogação foi a denúncia de que a avó da criança já teria submetido o menino a maus-tratos.
Na madrugada da terça-feira policiais da 12ª DP (Copacabana) prenderam a mãe do menino, retirado do apartamento com o auxílio de uma escada Magirus. Segundo a titular da delegacia, Izabela Santoni, a mulher estava bebendo com dois amigos em um bar na Rua Prado Júnior, em Copacabana. À polícia, ela afirmou que não havia problema em deixar o filho em casa sozinho. A mulher foi transferida para um presídio feminino, em Bangu.