Enquanto familiares das vítimas falam em ataques covardes, os pais dos acusados de agredir quatro pessoas neste domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo, defendem que tudo não passou de "uma grande confusão". Eles chegam a alegar que Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, e os quatro amigos menores de idade teriam sido "assediados". As vítimas negam.

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Os jovens foram detidos sob a acusação de terem agredido três pessoas com socos, chutes e golpes com lâmpadas fluorescentes. Na delegacia, foram identificados por outro rapaz, que contou ter sido agredido e assaltado pela grupo. Duas vítimas disseram à polícia que teriam sido confundidos com homossexuais.

O estudante Gabriel Alves Ferreira, de 21 anos, presenciou o espancamento do colega L.A.B., de 23, na altura do número 900 da Avenida Paulista. Ambos estudam jornalismo. Segundo ele, o ataque não teve motivo. "Eles passaram por nós, depois se viraram, chamaram o L. e atacaram com uma lâmpada fluorescente no rosto", disse. O rapaz caiu e continuou sendo atacado com socos e pontapés. "Eu e mais um colega ficamos em choque, não pudemos fazer nada. Tudo durou menos de dois minutos."

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O diretor de teatro Marcelo Costa, pai de um dos menores de 16 anos acusado de agressão, defende que o filho e os amigos participaram de "uma briga como outra qualquer" e nega ter havido atitude homofóbica. "Ele participou de um confusão. Acho que ele errou, sim, em se meter em briga. Mas não foi como estão falando", afirmou. O pai de Jonathan, único maior preso, admitiu que o filho tem pavio curto. "É um menino muito bonito e foi assediado por homossexuais. Ele pediu para parar, eles não pararam. Aí, virou briga", disse Eliezer Domingues Lima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.