O empresário Renato Grembercky Archilla, de 49 anos, e o pai dele, Nicolau Archilla Galan, de 81 anos, foram presos nesta terça-feira (12) na mansão onde moram, na Rua Colômbia, nos Jardins, e acusados de ter encomendado a morte da publicitária Renata Guimarães Archilla, em dezembro de 2001. Segundo o promotor Roberto Tardelli, Renata é filha de Renato Grembercky Archilla e teria obtido na Justiça o reconhecimento da paternidade, num processo que havia levado cerca de 10 anos, com vários testes de DNA feitos.
O empresário e seu pai, de 81 anos, teriam mandado matar a publicitária porque não a queriam como herdeira da família.
- Eles não aceitavam e não a queriam como herdeira. E queriam resolver da pior maneira possível. Eles não se conformaram com a prisão, mas as provas são fartas - afirmou o promotor.
Renato e Nicolau são acusados de contratar um policial militar para assassinar Renata. No dia 17 de dezembro de 2001, Renata parou com seu carro num semáforo da Rua Professor José Leite Oiticica, no Morumbi, e um homem vestido de Papai Noel se aproximou do carro, como se fosse vender doces. Disparou contra ela três tiros. O caso ficou sendo conhecido como o "crime do Papai Noel".
Apesar de ferida gravemente, Renata sobreviveu.
Segundo a polícia, pai e avô planejaram e encomendaram o crime, que foi executado pelo PM José Benedito da Silva, atualmente expulso da corporação. Um motoqueiro que estava na rua viu crime. O PM foi condenado pelo crime em julho do ano passado, a uma pena de 13 anos e quatro meses de prisão.
Nesta segunda-feira, quase sete anos após o crime, a juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha determinou a prisão preventiva dos acusados.
Os dois empresários foram presos por policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) na mansão da Rua Colômbia, nos Jardins. Os dois estavam em casa e a polícia negociou a rendição para evitar invadir o local. Eles foram levados para a carceragem do Deic e encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém.
- Eles estão surpresos pela prisão, porque não foram indiciados no processo. Disseram que estão sendo vítimas de algum tipo de equívoco - disse o delegado Osvaldo Nico Gonçalves.
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