O metalúrgico Sidnei Aleixo, de 42 anos, que quebrou a clavícula depois de cair de um ônibus em movimento, no último sábado, no centro de Ponta Grossa, passa bem, mas continua internado no Hospital Bom Jesus. Aleixo despencou quando sua filha, de apenas 3 anos e meio, começou a se sentir mal dentro do ônibus. Ele se apoiou em um dos vidros para a filha respirar e a janela se soltou da carroceria do veículo. Aleixo e a menina caíram de uma altura de aproximadamente dois metros.
Na hora da queda, o metalúrgico abraçou a filha com força e evitou que ela se machucasse. Já Aleixo teve escoriações nos pés e nas mãos, deslocou o ombro e fraturou a clavícula esquerda. "Eu não lembro de muita coisa. Eu sentia muita dor na hora", disse. O acidente ocorreu quando ele e sua esposa voltavam para casa depois de ir à uma loja comprar uma boneca para a filha.
Aleixo foi encaminhado ao pronto-socorro municipal, onde ficou internado até segunda-feira, quando foi transferido para um quarto particular no Hospital Bom Jesus. Segundo a assessoria de imprensa da Viação Campos Gerais (VCG), responsável pelo transporte público em Ponta Grossa, toda a assistência está sendo dada ao metalúrgico.
Após o acidente, o ônibus foi lacrado pela prefeitura, para que a empresa fabricante vistorie o veículo e emita um laudo apontando as causas da falha. Só depois de uma resposta oficial, o Departamento de Fiscalização do Transporte Coletivo decidirá se vai abrir um processo administrativo para apurar o caso. A VCG informou que irá contratar uma perícia e já abriu sindicância interna para determinar o que aconteceu. De acordo com a assessoria de imprensa da concessionária, nunca foi registrado um acidente como esse.
"Foi uma fatalidade, mas imagina se fosse um horário de pico e tivesse 30 pessoas perto daquela janela. Ocorreria uma tragédia", declarou Aleixo.