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Tragédia

Pai, filho e genro se afogam em cava em Piraquara

Iggy Pop realmente se jogou nos braços do fãs | Reuters/Gazeta do Povo
Iggy Pop realmente se jogou nos braços do fãs (Foto: Reuters/Gazeta do Povo)

O banho de cava em uma saibreira abandonada em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, terminou em tragédia. Pai, filho e genro se afogaram no final da tarde de domingo, perto do Haras Primavera, na localidade de Laranjeiras, próximo à Estrada dos Mananciais. Os três estavam com a família no local. Segundo o Corpo de Bombeiros, no momento da tragédia havia dois casais, dois adolescentes (com 12 e 16 anos) e um bebê de 11 meses na saibreira: pai, mãe, dois filhos e filha, genro e neto.

Por volta das 17 horas, o garoto de 12 anos escorregou em uma pedra e caiu na parte mais funda da cava, um poço com cerca de 7,5 metros. O irmão Rafael de Jesus Francisco, 16 anos, o pai Valdenir de Jesus Francisco, 37, e o genro de Valdenir, Maurício Senhuk, 22, entraram na água. O genro salvou o menino, mas afundou em seguida. O pai ainda tentou salvar o filho mais velho, mas se afogou abraçado ao adolescente, pedindo perdão para a mulher por não tirar o garoto da água.

A história foi contada ontem no velório dos três, cujos caixões estão lado a lado na Capela Bom Pastor, no bairro Tarumã, em Pinhais. O sepultamento será hoje em Curitiba. O cortejo sairá de Pinhais às 9 horas. Pai e filho vão para uma sepultura do cemitério Santa Cândida e o genro para o Cemitério da Orleans, no bairro Orleans.

O Corpo de Bombeiros levou quase uma hora para resgatar os corpos. Eles foram encontrados no fundo da cava, a quatro metros de profundidade. Pai e filho estavam juntos e o genro a cerca de dois metros, segundo o sargento do Corpo de Bombeiros Eduardo Trajano.

"Tudo ocorreu em dez minutos. O menino caiu na água, o Maurício conseguiu tirá-lo, mas se afogou. Os outros dois também", contou o comerciante Edson Pinheiro Dias, 39 anos, tio de uma das vítimas.

Segundo moradores da região, a saibreira é bem freqüentada nos dias de calor pelos moradores do Jardim Santiago, onde morava o pintor de veículos Valdenir Francisco e sua família.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 791 pessoas morreram em cavas e rios de Curitiba e região metropolitana entre janeiro de 1998 e janeiro deste ano.

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