O estudante de Direito Emmanoel Estevam de Souza Ferreira, 36 anos, e o seu filho Paulo Henrique Pereira, 7, foram encontrados mortos na manhã de desta quinta-feira (1.º) dentro de um quatro de hotel, em Ourinhos (SP), a 20 quilômetros da divisa com o Paraná. De acordo com a polícia, o pai matou o filho asfixiado com uma corda e depois cometeu suicídio se enforcando no banheiro do quarto onde os dois estavam hospedados desde a noite de quarta-feira (30).
A criança morava com a mãe em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro do Paraná, mas o pai tinha a guarda compartilhada da criança. Na terça-feira ele havia pego o filho na saída da escola onde estudava. Como não entregou a criança no dia seguinte conforme o combinado, Ana Carolina Campos Patrial, 34, que é professora na mesma escola onde o garoto estudava, procurou a polícia e relatou o sequestro do filho. Nesta quinta pela manhã, o delegado de Santo Antônio da Platina, Júlio César de Souza, descobriu que o homem estava hospedado no hotel em Ourinhos e fez contato com a polícia paulista para que cercasse o local até a chegada de uma equipe da polícia paranaense. Por volta da 11h30, os policiais pediram que a recepção do hotel fizesse contato com o quarto. Como não houve resposta, os policiais resolveram invadir o local e acabaram encontrando o corpo do menino sobre uma das camas do aposento.
De acordo com um amigo da família que não quis se identificar, Emmanoel Ferreira possuía um histórico de transtornos e violência, além de já ter feito ameaças contra a mãe do seu filho, que por sua vez já havia registrado boletim de ocorrência contra o ex-marido.
Premeditado
O delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais de Ourinhos, João Beffa, que preside o inquérito, disse que Emmanoel Ferreira premeditou toda a ação, desde a saída de Santo Antônio da Platina até a hospedagem no hotel. Depois de matar o filho, o suicida escreveu um bilhete onde detalhou o crime e ainda justificou os motivos para o suicídio. Ele contou que o menino morreu sem sofrimento e que tomou a decisão de matar o filho porque tinha receio que a criança não vivesse bem com a mãe.
No quarto a polícia também encontrou uma mala com algumas peças de roupas e dois pares de tênis. Os objetos, assim como o bilhete deixado pelo suicida, foram enviados à perícia.
Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Ourinhos e liberados no final da tarde. O corpo do pai foi encaminhado a Curitiba onde residia a sua família. Já o corpo da criança foi levado para Santo Antônio da Platina. O enterro do menino está marcado para as 9 horas no Cemitério São João Batista.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora