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Os pais do bebê de sete dias que morreu por suposto abuso sexual serão interrogados no próximo dia 14, na 2.ª Vara Criminal de Curitiba. O interrogatório de Nilson Moacir Oliveira Cordeiro e Any Paula Fascolin, presos há quase 100 dias, foi marcado após o juiz Ronaldo Sansoni Guerra receber o segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML). A segunda perícia não tem conclusão por falta de material para análise, embora o cadáver continue no IML.

Segundo o novo laudo, "o corpo do bebê não tem mais vísceras e fragmentos de outras, inclusive ânus, canal anal e reto, ficando os peritos impossibilitados de emitir conclusão, por causa da necropsia anterior realizada em 8/7/2005, laudo 1486/05", diz o documento assinado pelos médicos legistas Marcos César Amaral Patruni e Antônio Carlos Scaramello. O primeiro exame aponta que houve abuso sexual, com lesão no ânus, e morte por infecção generalizada.

Os advogados do casal, Nilton Ribeiro de Souza e Luciano Nei Cesconetto, solicitaram novo exame. Eles suspeitam de erro médico durante o parto – o que teria causado a lesão no ânus da criança. A outra possibilidade é de que a criança teria uma doença rara, a Síndrome de Fournier, que ataca a região do ânus –sinal de infecção por HIV não identificada. O pai da criança é soropositivo.

Um parecer, assinado por três médicos do Hospital Pequeno Príncipe e por um professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sustenta a tese de doença rara. O nome do professor não é divulgado a pedido dos advogados de defesa.

Como o caso não é mais segredo de Justiça já é possível revelar o que levou a polícia a indicar os próprios pais por suposto abuso. O processo tem fotos eróticas, inclusive de casais homossexuais e crianças, além de bilhetes picantes. O material foi encontrado no computador da casa do casal, junto com objetos de prática de sadomasoquismo.

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