Pais, alunos e professores do Colégio Estadual Yvone Pimentel, no bairro Novo Mundo, em Curitiba, estão mobilizados durante toda esta quinta-feira (30) na escola para protestar contra as condições precárias de infraestrutura do prédio. Segundo a comunidade, o edifício estaria condenado, tendo como base uma vistoria realizada em 2009. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) afirma que a Secretaria de Estado da Educação (Seed) teria sinalizado que o prédio seria demolido e reconstruído, mas teria voltado atrás e decidido fazer apenas uma reforma no local.
A comunidade está concentrada na escola, que atende a 1.359 alunos do ensino fundamental e médio em três turnos, desde o início da manhã e as aulas foram suspensas. Uma assembleia de pais, que vai discutir a situação da escola, está marcada para as 19h.
Segundo a APP-Sindicato, em 2009, técnicos de uma empresa terceirizada e da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude) verificaram a construção e atestaram, em laudo, que, para atender as necessidades, o colégio teria de ser reconstruído. A diretora da escola, Adriana Kampa, conta que o estado do edifício impede a obtenção do registro de vistoria do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária. Por esses problemas, o colégio não teria obtido o reconhecimento das turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Imbróglio
Segundo a APP-Sindicato, a demolição e reconstrução completa da escola estavam programadas para iniciar em janeiro deste ano e foram acertadas com o governo anterior. Já havia sido feita, inclusive, a escolha dos locais que receberiam os estudantes no período de obras. A diretora da escola diz que o processo de orçamento, licitação e construção deveria ter iniciado em janeiro deste ano, mas foi interrompido.
Em nota, a Seed informou que há dois meses está realizando o projeto e orçamento para a reforma do prédio. De acordo com a nota, o projeto e orçamento devem ficar prontos em dez dias e, na sequência, será iniciado o processo de licitação para as obras. A secretaria ainda ressalta que foi preciso fazer um novo projeto e orçamento, porque demandas levantadas há cerca de dois anos não foram executadas, o que contribuiu para a deterioração do prédio.