As novas testemunhas e imagens foram apresentadas à polícia nesta quarta

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Duas novas testemunhas oculares e uma reconstituição virtual do assassinato do estudante de Direito Thiago Klemtz de Abreu Pessoa, de 19 anos, ocorrido em 16 de agosto, foram apresentadas pelos pais dele ao Comando Geral da Polícia Militar, nesta quarta-feira (23). A intenção da família é que o Policial Militar Omar Assaf Júnior, de 29 anos, acusado pelo crime, fique impedido de portar armas e de trabalhar no policiamento ostensivo durante o processo.

No dia 3 de dezembro, a 1ª Câmara Criminal Curitiba colocou o policial em liberdade, apesar do indiciamento por homicídio doloso triplamente qualificado (com intenção de matar). Com isso, o suspeito responde às acusações em liberdade. A próxima audiência está agendada para 2 de fevereiro.

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As novas testemunhas foram encontradas por parentes do estudante e ainda não haviam sido ouvidas pela polícia. Com base nos depoimentos e nas imagens de condomínios próximos ao local do crime (na Alameda Júlia da Costa, no Bigorrilho), foi construída a reconstituição. "São mais provas, mostrando como ocorreu toda a ação. A reconstituição e as imagens do condomínio indicam que as testemunhas falam a verdade", diz o advogado da família Roberto Haddad, membro do escritório Elias Mattar Assad. Procurado pela reportagem, o advogado da defesa Cláudio Dalledone Júnior não foi encontrado para comentar o assunto.

De acordo com o Major Éveron César Puchetti Ferreira, chefe da Comunicação Social da PM, Assaf Júnior realiza apenas funções administrativas desde a ocorrência. A instituição também analisa as implicações legais sobre o impedimento de porte de arma, visto que, até o momento, o policial não foi julgado. Até a semana que vem, porém, Puchetti afirma que a situação será resolvida. A atuação de Assaf Júnior será analisada por um Conselho de Disciplina da PM para avaliar sua permanência na Corporação. O trâmite do procedimento leva de 80 a 120 dias.

Entenda o Caso

Em 16 de agosto, o estudante de Direito Thiago Klemtz de Abreu Pessoa foi morto com dois tiros no tórax e um na cabeça na saída da Sociedade Harmonia, no Bigorrilho. O policial militar Omar Assaf Júnior se apresentou voluntariamente à polícia, alegando legítima defesa. Ele estava de folga no dia. Os depoimentos das testemunhas, porém, afirmaram que o PM, após ter dado o primeiro tiro em Thiago, se aproximou e efetuou outros dois disparos.

Em 26 de agosto, Assaf Júnior foi preso e indiciado por homicídio triplamente qualificado (por não haver chance de defesa, motivo fútil e por ser policial). Em 3 de dezembro, contudo, o PM foi posto em liberdade por decisão da 1.ª Câmara Criminal de Curitiba.

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