Os pais da menina que morreu após cair do 5° andar de um prédio, em Tomás de Coelho, deixaram a prisão no início da tarde desta segunda-feira (13).
O pai, que estava na carceragem da Polinter de Vilar dos Telles, foi o primeiro a sair, às 12h55, quinze minutos depois de o alvará de soltura ter sido entregue pelo oficial de justiça. Ele seguiu de carro com a advogada até a Polinter em Mesquita, na Baixada Fluminense, onde a mulher dele estava presa.
A mãe da vítima saiu às 13h25. A advogada Fátima Pandolpho chegou logo em seguida. A mulher também entrou no carro da advogada que seguiu para destino ignorado.
De acordo com informações do Cemitério de Irajá, no subúrbio, o corpo de Rita de Cássia Rodrigues Sena, de 5 anos, só será enterrado na terça-feira (14), já que os pais só foram liberados da prisão provisória no início da tarde desta segunda. O corpo da criança ainda está no Instituto Médico Legal (IML).
O enterro da menina estava marcado inicialmente para ocorrer às 16h desta segunda-feira.
O pedido de liberdade provisória para os pais foi concedido na manhã desta segunda, de acordo com informações da assessoria do Tribunal de Justiça. A decisão de liberar o casal foi do juiz André Nicolitt, que estava de plantão.
O casal foi preso em flagrante no domingo (12). Segundo a polícia, pai e mãe foram autuados por abandono de incapaz seguido de morte, já que a menina foi deixada sozinha em casa. A pena para o crime é de 4 a 12 anos de prisão, podendo ser aumentada em um terço quando os pais estão envolvidos.
Pais estão em choque
A advogada disse ainda que os pais estão bastante traumatizados com a morte da filha.
"Fundamentei meu pedido (de liberdade provisória) na inocência deles. Não houve culpabilidade, foi uma fatalidade. Eles estão sofridos, traumatizados, em estado de choque", disse a advogada. O pedido feito à Justiça leva em conta o fato dos pais terem residência fixa, bons antecedentes e "serem pessoas de bem".
A advogada informou também que a intenção do casal nesse momento é poder ir ao enterro da menina.
A mãe da menina, que foi atendida no Hospital Salgado Filho, no Méier, no subúrbio, para onde a criança morta também foi levada na noite de sábado (11), ficou desesperada:
"Eu não matei minha menina, não. Pelo amor de Deus, eu não matei minha filha. Eu amo de paixão. A minha Rita. Eu não matei minha filha, não, doutora".
O caso foi registrado na 25ª DP (Engenho Novo). Segundo informou o plantão policial, os pais e a criança estavam juntos numa festa no térreo do prédio. Mas a menina dormiu e a mãe deciciu levá-la para o apartamento, voltando em seguida para o térreo.
Câmera mostra brinquedos atirados
Mais tarde, ainda segundo a polícia, a menina teria acordado. Há imagens da câmera de segurança do prédio com os brinquedos caindo no chão. No apartamento, foi encontrado um revólver, que seria do pai da criança.
Segundo a polícia, a tela de nylon usada para proteção na janela estava rompida no apartamento. Uma tesoura também foi encontrada. Ela teria sido jogada pela janela pela criança. Não se sabe se a menina usou a tesoura para cortar mais ainda a tela.
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