"Colaboração"
Ministro de Cuba minimiza críticas ao Mais Médicos
O ministro da Saúde de Cuba, Roberto Morales Ojeda, minimizou as críticas feitas por entidades médicas brasileiras ao convênio firmado entre os governos da ilha e do Brasil para executar o programa Mais Médicos. Ao visitar um posto de saúde em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife, ao lado do ministro brasileiro da Saúde, Alexandre Padilha, Morales afirmou que o que existe entre o governo dos dois países é uma "colaboração" e não uma "prestação de serviços".
Da bolsa mensal de R$ 10 mil, os cubanos recebem somente entre R$ 800 e R$ 900 por mês. O restante é distribuído entre a família do profissional e o governo de Cuba, que fica com a maior parte do dinheiro. "Cada um deles [médicos cubanos no Brasil] tem um emprego em Cuba, tem um centro de trabalho, um salário, um seguro social garantido, saúde para a família e para eles totalmente gratuita, tem educação totalmente gratuita e o Ministério da Saúde do governo cubano cuida da família dele e dá atenção a cada problema que surja no decorrer dessa missão", disse.
Segundo Morales, Cuba tem atualmente missões internacionais em 60 países, onde trabalham 45 mil "colaboradores", como se referiu aos médicos.
O Brasil tem 31,4 profissionais para cada 10 mil habitantes, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado ontem, em Pernambuco. A taxa confere ao país a 19.ª posição entre as nações das Américas no ranking de oferta de profissionais da saúde. O Brasil tem mais profissionais do que o mínimo recomendado pela organização (22,8 para cada 10 mil habitantes), mas ainda tem menos que os 34,5 por 10 mil que caracterizam uma cobertura universal da saúde.
De acordo com a OMS, 83 países têm taxa inferior ao mínimo recomendado e cem contam com menos de 34,5 profissionais para cada 10 mil habitantes, como o Brasil. O país está atrás de Cuba (134,6), Estados Unidos (125,1), Venezuela (67,4), Argentina (37) e Paraguai (34,4). Mas fica à frente de outras 17 nações, como México (26,5), Colômbia (26,1), Jamaica (19,7) e Haiti (3,6).
Nas Américas, 70% dos países têm o mínimo recomendado de profissionais da saúde, segundo o relatório da OMS. Em todo o mundo, faltam 7,2 milhões de profissionais. Este número pode chegar a 12,9 milhões em duas décadas se nada for feito.
O relatório foi apresentado ontem durante o terceiro Fórum Global de Recursos Humanos para a Saúde, que reúne representantes de 98 países. A maioria dos países mais carentes em profissionais de saúde está na África subsaariana. A deficiência de formação de profissionais nessa região do planeta está entre os motivos que justificam a liderança. De acordo com a OMS, há apenas 168 escolas de medicina nos 47 países da África subsaariana. Em 11 deles, não há cursos de medicina. Em 24, há apenas uma escola para formar médicos.
Além dos problemas de formação, os países pelo mundo têm encontrado dificuldade em manter os profissionais na atenção básica à saúde. Nos países desenvolvidos, 40% dos profissionais de enfermagem deixarão seus empregos na próxima década. A OMS aponta os baixos salários e a oferta de poucos incentivos como motivos para a debandada.
Mortalidade
A carência de profissionais de saúde também tem motivado mortes. A OMS atribui cerca de 90% de todas as mortes maternas e 80% das mortes de recém-nascidos em 58 países do mundo a parteiras mal treinadas.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora