Alunos e professores queimaram pneus e bloquearam ruas| Foto: reprodução ParanáTV

Dezenas de pais e alunos da Escola Municipal Mauro Portugal e do Centro de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), em Campo Largo, região metropolitana, fizeram, na tarde desta quarta-feira (17), uma manifestação para cobrar medidas que garantam a segurança dos estudantes das duas unidades escolares que funcionam no mesmo prédio. No dia 10 de novembro, uma menina de dez anos morreu prensada em um elevador para portadores de necessidades especiais.

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Os manifestantes queimaram pneus, fechando ruas em frente ao prédio. Além de cobrar mais segurança na escola, eles fizeram uma homenagem à vítima. "Ela era um anjinho de Deus, que ficou pouco tempo com a gente, por causa da irresponsabilidade de muita gente", disse uma mulher que participava do protesto, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC-TV.

O prefeito de Campo Largo, Edson Basso, foi ao local e ouviu as reivindicações dos manifestantes. O pai da vítima, Carlos Machado, cobrou do prefeito a revisão dos procedimentos de segurança no prédio. "Eu perdi minha filha e ela não vai voltar. Mas eu não quero que, no ano que vem, uma mãe venha aqui pelo mesmo problema que aconteceu comigo", disse.

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Basso ressaltou que a prefeitura instaurou um processo administrativo para apurar responsabilidades sobre o acidente. "Essa apuração vai dizer onde houve falha. E as pessoas que cometeram falhas vão ter que responder", garantiu. O prefeito também se reuniu com os pais e se comprometeu a rever todos os equipamentos de segurança da escola.Diretoras responsabilizadas

Na terça-feira, a Gazeta do Povo mostrou que a polícia vai responsabilizar as diretoras das duas escolas que funcionam no prédio pelo acidente. Segundo o superintendente da Delegacia de Campo Largo, Juscelino Bayer, em depoimento as duas diretoras não souberam explicar onde estava o contrato de instalação do elevador nem apontaram quem era responsável pela manutenção do equipamento e como seria feito este procedimento. De acordo com o que a polícia apurou, o elevador está instalado há cerca de um ano e nunca passou por vistorias. Segundo Bayer, elas serão indiciadas, mas a polícia ainda vai definir qual a tipificação adequada para enquadrar o crime.