A demora do Brasil para apresentar metas quantificáveis de redução dos gases poluentes pode prejudicar todas as negociações da COP-15, em Copenhague. Na avaliação do Greenpeace, o país desperdiça a chance de assumir a liderança internacional em questões ambientais. "Estamos correndo contra o tempo e essa postura (de não definir objetivos numéricos) só atrapalha", diz Gabriela Vuolo, coordenadora de mobilização das campanhas sobre o clima da entidade.
Segundo ela, a falta de resultados práticos da reunião ministerial de ontem já teve reflexos em Barcelona, onde está sendo realizada a última reunião preparatória para a conferência na Dinamarca. "Foi um enorme balde de água fria. Essa indefinição deixou uma dúvida na cabeça de todo mundo: será que sai alguma coisa de Copenhague?", questiona.
Gabriela ressalta que o Brasil não pode ser responsabilizado sozinho por qualquer fracasso, mas que a postura do país seria decisiva para pressionar atitudes das nações mais ricas. Na semana passada, o Greenpeace organizou uma manifestação em Brasília para cobrar do governo federal metas concretas contra o aquecimento global.
Os manifestantes montaram um varal de 15 metros de extensão no espelho dágua do Palácio do Itamaraty, simbolizando uma petição assinada por 77 mil brasileiros. Eles carregavam cartazes com a mensagem: "Lula, não estamos pedindo muito. É só salvar o planeta." Entre outras propostas, o Greenpeace defende que o Brasil acabe com o desmatamento da Amazônia até 2015.
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