Para Marcus Quintella, o maior desafio para o Brasil é orçamentário, ou seja, de destinação de recursos para projetos de transporte público nas grandes cidades, Curitiba incluída. "Essas cidades precisam receber maciços e contínuos investimentos para a construção de transporte público sobre trilhos, como metrôs, trens suburbanos e VLTs e em seus sistemas de ônibus, tanto os troncais como os alimentadores."

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Professor do Departamento de Engenharia Industrial da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, José Eugênio Leal diz quais são as melhores alternativas de transporte para o Brasil. "Sem dúvida a melhor alternativa seria combinar trem suburbano, metrô, VLT e depois BRT, exatamente pela capacidade do transporte e questão ambiental. E onde houver possibilidade, as barcas."

Sobre a aplicação desses modelos em Curitiba, o ex-diretor da Urbs João Carlos Cascaes prefere cautela. "É uma leviandade simplesmente afirmar que a solução é essa ou aquela. O povo paga, qual é a conta? Como faremos? Quem? Quando? Quanto? Impostos? Tarifas? Confi­abilidade? Acessibilidade? Versatilidade? Complemen­taridade? Precisamos de cidades sustentáveis, com acessibilidade e mobilidade adequadas às necessidades dos usuários do transporte coletivo urbano."

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De acordo com Quintella, uma escolha equivocada poderá causar prejuízos na vida da população e na estruturação urbana da cidade. "A escolha do modo de transporte deve considerar as características físicas, tecnológicas e econômicas do material rodante e da via, bem como a qualidade de serviço que ele pode oferecer e o impacto no trânsito e na qualidade de vida das pessoas, além do tipo de demanda a ser atendida."