A reportagem acompanhou uma das blitzes educativas promovidas ontem pela Diretran e pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia para conscientizar os pais a transportar os filhos de maneira adequada. Das 11h30 às 13h30, período de entrada e saída das aulas de uma escola da região central, não faltaram flagrantes de imprudência, desrespeito com os agentes e desculpas esfarrapadas dos condutores.
O motorista Roberto Pinheiro fez do seu carro uma verdadeira lotação. "Amanhã não vai ter mais esse problema", promete. Victor Almeida, pai de João Pedro, de 3 anos, possui a cadeirinha recomendável para a idade do filho no carro. Mas faltou atar o cinto de segurança do garoto. "É que ele acabou de entrar no carro, não deu tempo. Mas ele anda sempre com o cinto", garante.
Já Maria Inês Guerios e os filhos parecem ser uma exceção. Ao entrar no carro, a primeira atitude das crianças foi atar o cinto de segurança. "Não é só por causa da blitz não, eles sempre colocam o cinto sozinhos", conta.
Agentes
Os agentes de trânsito que vão para uma blitz educativa devem ser firmes. Os pretextos não podem fazê-los amolecer. "Nós estamos acostumados a ouvir as desculpas", afirma a agente Ana Soares. Além de estar preparado para as desculpas esfarrapadas, a paciência é outro fator fundamental. Normalmente, a fila de carros fica extensa, alguns motoristas se irritam e até faltam com o respeito. "O importante é não desfocar do objetivo de educar", resume a agente. (TC)