O paleontólogo Diógenes Campos, do Museu de Ciências da Terra, esteve na última quinta-feira (28) em Nioaque, a 170 quilômetros de Campo Grande, para investigar a existência de vestígios fósseis que podem ter sido deixados por dinossauros há 130 milhões de anos. Acompanhado dos pesquisadores Irma Yamamoto e Rodrigo Machado, o estudioso viajou a Mato Grosso do Sul a convite do Departamento Nacional de Produção Mineral.
O sítio paleontológico de Nioaque é conhecido desde o final da década de 1980, quando foi descoberto pelo professor Gilson Martins, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O local situa-se às margens do rio Nioaque, próximo ao trecho que corta o perímetro urbano.
Diógenes disse que as possíveis pegadas possuem grande valor científico e ajudam a colocar Mato Grosso do Sul na rota dos estudos sobre paleontologia. O sítio também oferece possibilidades de exploração turística. "O local é fantástico, muito bonito para visitação. Mas para que as pessoas possam conhecer, é preciso montar uma infraestrutura adequada para proteger esses vestígios", comenta. A ação das águas do rio - que segundo os pesquisadores formou-se geologicamente depois da rocha - pode provocar erosões, além da eventual presença humana.
Os cientistas trabalham com a hipótese de que Mato Grosso do Sul tenha feito parte de um grande deserto pré-histórico, que abrangeu os atuais territórios de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A convicção de que os vestígios são datados do período Cretáceo, segundo Diógenes, pode ser obtida pela análise da composição da rocha e também pelo conhecimento já adquirido sobre o assunto.
O próximo passo, segundo o estudioso, é tentar apontar qual ser teria produzido as pegadas. "Tem de estudar que tipo de dinossauro pode ter sido. É algo complexo, que para ser concluído pode levar um dia ou nunca", diz Diógenes, que trabalha há 43 anos em paleontologia.
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