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Cascavel – O surgimento de 23 casos suspeitos de dengue nas últimas semanas, em Palotina, na Região Oeste do Paraná, obrigou a Secretaria de Saúde local a incrementar as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A coordenadora do Programa Nacional de Controle a Dengue (PNCD), Lucimara Grando, diz que a maior preocupação é com relação ao surgimento da dengue hemorrágica.

Os casos suspeitos foram detectados no centro da cidade, sendo três deles confirmados por exames de laboratório. Outros 20 aguardam os resultados oficiais do Laboratório Central de Curitiba. No ano passado, Palotina notificou apenas três casos, todos importados. Para combater o mosquito, cerca de 15 agentes de saúde estão percorrendo as casas e os prédios comerciais. Além disso, está sendo aplicado fumacê nas proximidades de onde moram as pessoas que contraíram a dengue. De acordo com Lucimara, o mutirão contra a doença vai durar até o afastamento do risco de epidemia.

A Secretaria de Saúde de Palotina informa que, dos casos notificados até agora, dois são autóctones, ou seja, pessoas que desenvolveram a doença na própria cidade. "Isso causa uma certa preocupação porque toda a região tem registros da doença e Palotina já passou por uma epidemia. As pessoas que já contraíram a doença anteriormente correm o risco de ter a dengue hemorrágica", explica Lucimara.

Entre 1995 e 1996, Palotina, que tem cerca de 30 mil habitantes, enfrentou um surto da doença, quando 150 pessoas contraíram a dengue. Lucimara lembra que o município se localiza numa área de risco de epidemia constante por causa da proximidade com a fronteira do Paraguai.

Apesar da incidência em Palotina, o número de casos de dengue vem caindo este ano na maioria dos municípios do Paraná. Na regional de Saúde de Cascavel, que abrange 25 municípios, foram notificados apenas 15 casos este ano.

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