Atualizado em 19/10/2006, às 20h20
Um problema nos computadores do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2) pode ter sido o causador do atraso de quase 100 vôos nesta quinta-feira no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Com a pane nos computadores, os radares da região ficaram fora de operação por aproximadamente duas horas, entre as 9 e as 11h. Foi a segunda vez que a unidade do Cindacta em Curitiba apresenta problemas em 2006.
Os vôos atrasaram a comunicação entre os pilotos e as torres de controle de toda a região Sul. O contato entre eles teve que ser feito por rádio. Por questão de segurança, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea), da Aeronáutica, determinou que o intervalo de tempo entre um vôo e outro fosse aumentado.
A assessoria de imprensa do Cindacta 2 protelou uma posição oficial durante toda a tarde desta quinta-feira. O órgão, até as 20h, não havia se pronunciado sobre o problema ocorrido nos computadores do próprio Cindacta 2. De acordo com a Infraero em Curitiba, o atraso dos vôos foi calculado e ficou na média de 40 minutos. O Afonso Pena tem um movimento médio diário de 153 vôos.
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) descartou a hipótese de que a pane tenha causado risco aos passageiros em vôo. Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, um oficial da Aeronáutica, que não quis se identificar, afirmou a comunicação por rádio é chamada de "operação convencional" e os operadores estão acostumados a ela. "O que acontece é que o espaço aéreo comporta um determinado número de aviões. Quando passa a operar no sistema convencional, a capacidade é menor".
Caso semelhante
No dia 4 de abril um problema semelhante aconteceu no Cindacta 2. Uma pane eletrônica na central de telecomunicação do órgão atrasou pousos e decolagens nos aeroportos dos três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e até em São Paulo. Aquela teria sido a primeira vez que uma das quatro centrais de todo o Brasil apresentou problemas.
A falha no sistema, que é monitorado 24 horas por dia, foi identificada às 6h30 por um técnico do plantão. O problema aconteceu em quatro das seis posições da central de telecomunicação, usada para se comunicar com as aeronaves, e somente depois de três horas foi normalizado.
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