São Paulo Durante sua visita ao Brasil, o Papa Bento XVI vai saborear doces exclusivos feitos com base nas receitas de familiares de frei franciscano Antônio de SantAnna Galvão (1739 1822), o Frei Galvão que será canonizado em maio. Entre os quitutes estão creme de rainha e bombom de castanha.
Enquanto estiver na capital paulista, o Papa se hospedará no Mosteiro de São Bento, na região central de São Paulo, que divulgou ontem o cardápio a ser oferecido à sua comitiva. Além dos doces, há sopa de palmito, nhoques de mandioquinha, bolos de fubá e de banana e pão de nozes.
Compõem o menu também 15 tipos de vinho, cinco deles nacionais, fabricados em Petrolina (PE). Os demais são argentinos, uruguaios e chilenos. Segundo os monges, toda a comida e bebida que será servida ao Papa vieram de doações de empresas e fiéis.
"O santo padre demonstrou interesse em experimentar o vinho nacional", afirma dom João Evangelista Kovas, prior do mosteiro.
O Vaticano não fez qualquer restrição à alimentação do pontífice, segundo dom Matthias Tolentino Braga. Mas o próprio mosteiro resolveu tomar algumas precauções por iniciativa dos monges. Foram vetados frutos do mar e fungos do cardápio que será servido ao Papa.
As receitas exclusivas dos doces estão sob a guarda de Emília Mathias Serafim, que trabalha para a família do Frei Galvão há 65 anos. Ela não revela os principais componentes dos quitutes, produzidos há mais de 100 anos. Diz apenas que são à base de gemas de ovos, frutas secas e açúcar.
Outras guloseimas oferecidas serão nozes fingidas, raspadurinha de leite, amêndoas encarpadas e olho de sogra. Ela pretende fazer cerca de 1.800 unidades para o Papa. Sobre a expectativa de aprovação de Bento XVI, ela brinca: "Estou rezando para ele gostar".