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Dom Francisco Bach estava em Toledo desde 2005 | Divulgação/Prefeitura de São José dos Pinhais
Dom Francisco Bach estava em Toledo desde 2005| Foto: Divulgação/Prefeitura de São José dos Pinhais

O Papa Bento XVI nomeou ontem dom Francisco Carlos Bach, 58 anos, como novo bispo da Diocese de São José dos Pinhais, que abrange 14 municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Ele sucede dom Ladislau Biernaski, que faleceu em fevereiro deste ano.

Nascido em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, em 4 de maio de 1954, dom Francisco foi ordenado presbítero em 1977, aos 23 anos de idade. Na diocese de Ponta Grossa, prestou serviços como ecônomo e professor do Seminário São José, pároco de São Jorge, coordenador diocesano de pastoral, vice-pároco da catedral e professor do Instituto Filosófico e Teológico Mater Ecclesiae.

Estudou Filosofia no Se­minário Maior Rainha dos Apóstolos, em Curitiba, e Teologia no Studium Theologicum, também na capital. Dom Francisco é mestre em Direito Canônico pela Universidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma. Como bispo, foi membro da presidência da Regional Sul da Congregação Nacional dos Bispos do Brasil.

Em 2005, foi nomeado bispo de Toledo (Oeste do Paraná), posto que ocupava até ser transferido para São José dos Pinhais, que tem cerca de 530 mil fiéis. Dom Francisco coordenará uma equipe de 69 sacerdotes, 65 religiosos e 33 diáconos permanentes. A diocese é composta pelas cidades de Tijucas do Sul, Piraquara, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Agudos do Sul, Piên, Quitandinha, Contenda, Araucária, Campo do Tenente, Rio Negro, Lapa e São José dos Pinhais.

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Entrevista

Dom Francisco Carlos Bach, novo bispo de São José dos Pinhais.

Religioso diz que sente deixar Toledo, mas está pronto para novo desafio

Neo Gonçalves, correspondente

Como recebeu a notícia da nomeação?

Foi um misto de quatro sentimentos muito fortes em um único dia. Primeiro a surpresa, por ser um fato inesperado, impensado, não havia na minha cabeça a possibilidade de sair de Toledo. Depois, senti que o chão desapareceu sob os meus pés, senti a dor da perda por deixar pessoas, amigos, sacerdotes, religiosos e seminaristas. Na sequência veio a disponibilidade, afinal sou um bispo e estou à disposição da Igreja. Onde ela quiser, lá estarei. Como Deus abençoa a quem o escolhe, surgiu então a confiança, porque sei que ele vai me acompanhar. Se aqui estive tão bem, certamente lá também estarei.

Qual foi a reação quando soube que iria para São José dos Pinhais?

Curiosidade. Não conheço a cidade, mas descobri que cresceu muito, é a terceira do Paraná atualmente, foi a quem mais cresceu em 2010 (24,58%). Então fiquei inquieto, pois é muita gente, mas vou tentar dar o melhor de mim.

Quais seus planos para a diocese?

Primeiro, quero conhecer o ambiente, as pessoas, para ver o que existe e, a partir daí, planejar os trabalhos com os padres, agentes pastorais e líderes de comunidade. Pretendo levar um pouco do que fiz em Toledo. Mas, principalmente, quero criar uma convivência harmoniosa com os mais próximos e também com os que estão fora da Igreja, outras religiões e organismos. Um ponto fundamental é a unidade em comunhão com os padres para que se tornem uma família. O bispo é um incentivador, um planejador, mas quem executa são os sacerdotes.

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