Não há irregularidades na execução da operação tapa-buracos no Paraná, garante o coordenador do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) no Paraná, David Gouvêa. "Não somos pagos para cometer irregularidades. Fizemos um serviço bem feito e com rapidez. Em 20 dias as crateras já estavam tapadas. Fomos o primeiro estado a entregar os 100% de trafegabilidade", afirma, referindo-se à primeira etapa da operação, finalizada no último dia 4, que consistiu em eliminar os buracos maiores que impediam o trânsito nas rodovias.

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O coordenador do Dnit afirmou não ter se surpreendido com as conclusões do Tribunal de Contas da União (TCU) porque "já tinha visto isso fora do estado". Mas Gouvêa acha que o tribunal se precipitou ao vistoriar a operação antes de sua conclusão. "Quando você faz uma reforma, a dona da casa vê aqueles tijolos para todo lado e fica doida. Mas depois que está tudo pintadinho, arrumado, ela vai achar legal. Dar nota agora para o nosso trabalho é complicado", compara.

Ele classificou como mentira a denúncia de que o tapa-buraco feito na BR-272, entre Francisco Alves e Guaíra, é de baixa qualidade. "O pavimento usado passa por análises de laboratório e não visual. Não é uma análise do ‘eu acho’, mas do ‘tenho certeza’. Pode percorrer todos os nossos lotes de trabalho e verificar que o asfalto é de boa qualidade. É a primeira vez que vejo alguém falar em baixa qualidade", rebate.

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Gouvêa defende o trabalho de roçada e drenagem feito nas estradas. Na visão do TCU, essas obras não são emergenciais e poderiam ser licitadas. "Não adianta fazer a correção e não corrigir a causa. Não concordo que deixar o bueiro entupido dê segurança aos motoristas", afirma. Segundo ele, apenas os serviços de pintura e sinalização foram licitados e em breve poderão ser executados.

O coordenador do Dnit garantiu ainda que não houve superestimativa dos serviços executados e nem do material utilizado, muito menos superfaturamento dos valores acordados. "Todos os quantitativos dos serviços estão nos contratos que já estão orçados, assinados e aguardam apenas a ratificação do Conselho de Administração em Brasília", informou, lembrando que a previsão de gastos com a operação passou de R$ 22 milhões para R$ 29 milhões. "Podemos chegar até R$ 31 milhões.", estima.

Apenas o contrato que trata da reforma da Ponte dos Arcos (em União da Vitória) ainda não está pronto porque depende de um projeto específico que está em fase de elaboração. Gouvêa considera normal a demora na oficialização dos contratos. "Nós, do serviço público, não podemos errar. Por isso não temos pressa", conclui. (SLD)