Se o dia de um curitibano for resumido em uma nuvem de palavras, é certo que estarão lá termos como “frente fria” e “amplitude térmica”. A previsão do tempo é quase um exercício de “sobrevivência” na capital, e que ocupa boa parte do papo no sobe-e-desce dos elevadores. ]
Nem sempre é possível entender com exatidão o que significa uma frente fria e por que não é exatamente ela a responsável pelo frio na capital (sim, você não leu errado). Selecionamos algumas explicações fundamentais para incrementar a conversa de quem costuma perguntar “será que chove hoje?”, na fila do banco ou do cinema.
Massa de ar frio
“O ar frio ou massa de ar frio é o que vem logo após a passagem da frente fria”, diz Samuel Braun, meteorologista do Simepar. Mas nem sempre se pode dizer que esfria com a presença do ar frio. Há muitas variáveis, como o fato de a massa de ar frio poder desviar e não passar exatamente no local em que esteve a frente. “É bem complicado. Em resumo, o frio ocorre devido à passagem da massa de ar que vem atrás da frente fria.”
Amplitude térmica
É a diferença entre as temperaturas máxima e mínima no mesmo dia. Algo bem frequente no outono de Curitiba. O recorde de amplitude em Curitiba é de 20 ºC.
Frente fria
Todo mundo uma vez na vida já culpou a frente fria pelo vento de tremer os queixos na rua. Não é bem assim. “A frente fria é uma zona de transição entre o ar frio e o ar quente. Quando se tem uma frente fria é o ar frio que empurra o ar quente”, explica Braun. É enquanto a frente fria passa que ocorre chuva.
Tempo
Quem nunca falou com um parente e perguntou como está o clima no “nortão”? Pois o meteorologista do Simepar explica que o correto para se referir às condições como chuva, sol, calor ou frio é a palavra tempo. “Tempo é o estado momentâneo da atmosfera”, diz Braun. O termo serve para designar períodos de um dia a cinco dias.
Clima
Quando se fala do clima, o que está envolvido é uma média de décadas para uma região. É correto, por exemplo, dizer que o tempo em Curitiba é úmido e de temperaturas amenas. “Está relacionado a um período maior observado. A gente trabalha com uma média de pelo menos 30 anos.” Nessa categoria é possível enquadrar as previsões feitas para estações.
Atmosfera
“Tudo na meteorologia ocorre nos primeiros 10 quilômetros entre a terra e o céu.” Esse perímetro é o alvo das análises. “A avaliação das condições de vento, umidade e de temperatura tem de ser feita em toda essa camada. A maioria das tempestades na faixa de 5 km a 7 km”, explica Braun
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