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15 de março

Para evitar prejuízo no comércio, ACP tenta barrar na Justiça greve do transporte

Sede da ACP, na Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Sede da ACP, na Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

A Associação Comercial do Paraná (ACP) entrou com um pedido de liminar para tentar barrar a paralisação do transporte coletivo em Curitiba nesta quarta-feira (15). Se aceita pela Justiça, a medida garantiria a circulação normal da frota apenas no dia da paralisação nacional contra a reforma da Previdência, mas não cobriria os demais dias da greve anunciados pelos trabalhadores. Isso porque o pedido da associação foi protocolado antes de o sindicato dos motoristas e cobradores definir a suspensão dos serviços por tempo indeterminado – na noite desta segunda-feira (13).

“Nós alegamos que essa paralisação é só por motivos políticos. O transporte é muito estratégico para o comércio e não é justo eles cercearem o direito de quem não quer parar”, defende Camilo Turmina, vice-presidente da ACP. Segundo Turmina, em dias de paralisação parcial no transporte o comércio de Curitiba perde cerca de R$ 100 milhões.

O pedido de liminar, que ainda não havia sido analisado até o fim da manhã desta terça-feira (14), sustenta “que não há conformação de greve quando o movimento não estiver vinculado a qualquer reivindicação atinente ao contrato de trabalho, especialmente afastando o direito de greve por motivação política, como no presente caso”.

A ACP afirma ainda que, caso a paralisação no transporte realmente se estenda depois desta quarta-feira (15), deve estudar novas medidas para colocar em prática. De qualquer forma, no pedido de liminar protocolado nesta segunda, a entidade já pedia multa diária ao sindicato dos motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana, o Sindimoc, pela eventual interrupção nos serviços.

Contra a paralisação de motoristas e cobradores também caminha na Justiça um pedido para que o sindicato mantenha frota mínima em operação. A Urbs quer, pelo menos, 80% dos ônibus operando dentro do horário de pico e de 60% nos demais horários durante toda a greve. Até as 10h30 desta terça-feira, ainda não havia uma parecer da Justiça sobre a questão.

24 horas de paralisação

Motoristas e cobradores são apenas uma das várias categorias que decidiram aderir à greve geral nesta quarta-feira. Em Curitiba, também já prometeram paralisar no dia garis, funcionários públicos municipais, metalúrgicos e bancários. Assim como os trabalhadores do transporte coletivo, professores da rede estadual e municipal de ensino começam a partir desta quarta uma greve por tempo indeterminado.

Outras categorias, como policiais civis, guardas municipais e servidores estaduais da saúde, farão protestos ao longo do dia, mas não vão paralisar os atendimentos.

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