Augusto Pavão contratou um plano de previdência privada aos 50 anos| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Garantir um pé de meia para uma aposentadoria confortável deve estar nos planos de todo mundo, desde a infância. "Os pais devem se preparar para garantir alimentação, educação e aposentadoria para o filho. Isso é antecipar 45% dos gastos que ele vai ter no futuro", explica o consultor financeiro Augusto Sabóia. E a preocupação não deve ser apenas pessoal. Na opinião de Sabóia, aposentadoria deve se encarada como um produto, não uma fase de vida. E a sociedade deveria se dedicar a manter o aposentado ativo economicamente. "Quem hoje é consumidor, depois de se aposentar, será um remediado, com renda mensal reduzida e poder de compra comprometido. É mais interessante para o comércio, por exemplo, que o indivíduo pare de trabalhar, mas continue gastando", explica.

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O empresário Augusto Pavão, 55 anos, comprou um plano de previdência privada há cinco anos. A experiência da mãe, que aos 80 anos recebe R$ 2 mil da Previdência Social depois de passar cinco décadas trabalhando, o levou a não esperar que os benefícios do governo federal garantam o padrão de vida desejado após a aposentadoria. "Meu pai morreu de infarto aos 57 anos e a boa pensão dele não foi corrigida. Não posso confiar na Previdência Social", diz. Para garantir o rendimento desejado, Pavão comprou um plano em que vai contribuir por 15 anos. Seus aportes são robustos, R$ 2,6 mil por mês. A ideia é resgatar o montante no fim do prazo e assumir a aplicação – e o gasto – do dinheiro. "Quero ter sossego para cuidar de mim e da minha esposa, curtir os filhos e o netinho. Gostaria de ter começado antes. Mas tentei recuperar o tempo perdido com planos para os filhos", ensina.

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