Com sambas padronizados e alegorias e enredos repetitivos, as escolas de samba do Rio recorrem cada vez mais à tecnologia para se destacar no Grupo Especial. Esse ano com o carnavalesco Paulo Barros, considerado o mais inventivo do Rio, e adepto de ousadias que envolvem recursos modernos, a Mocidade Independente de Padre Miguel foi uma das que mais ousaram, em sua viagem às 24 horas derradeiras da humanidade.
Começou com sua comissão de frente e a porta-bandeira pegando fogo, literalmente, em plena avenida. Depois, mostrou na bateria instrumentos que acendiam a cada movimento dos ritmistas.
A tradicional Portela, em busca de um título desde 1985, homenageou os 450 anos do Rio com a aterrissagem de quatro paraquedistas na pista, para anunciar o início do desfile. Vestindo roupas iluminadas em branco e azul, as cores da Portela, eles saltaram de um helicóptero de uma altura de 800 metros.
Como se não fosse novidade o bastante - a Sapucaí já viu homem voar, por obra do carnavalesco Joãosinho Trinta (1933-2011), em 2001, mas não dessa forma -, o paraquedas tinha efeitos pirotécnicos. O público foi pego de surpresa e aplaudiu a abertura da escola, enquanto dirigentes, aliviados, comemoraram o pouso exato no alvo.
A agremiação de Madureira também fez uso de drones durante sua exibição. Ao todo, eram 450 miniáguias, numa alusão ao aniversário da cidade, que voaram em direção ao público. O pássaro é a símbolo da Portela. O passeio da ave tecnológica pelas arquibancadas deu um aspecto futurista ao desfile, que acabou se mostrando sem fôlego ao longo de seus 82 minutos.
No Salgueiro, a comissão de frente também despertou o público ao criar movimentos ondulados com uma manta de led que pesava 100 quilos e projetava imagens em 3D. No estilo high tech, a escola exibiu alegorias com luzes estroboscópicas, efeitos holográficos e muito neon. Em alguns momentos, a manta exibia a bandeira vermelha e branca do Salgueiro, para os aplausos dos torcedores.
Fogo
A Mocidade simbolizou a formação de um meteoro em rota de colisão com a Terra. As chamas nos componentes, extensivas à porta-bandeira Lucinha Nobre, se apagavam rapidamente, em menos de dois segundos, sem deixar resquícios. A parte da roupa que pegava fogo foi feita com papéis especiais vindos da Austrália. Para garantir a segurança dos sambistas, um produto antifogo protegeu a pele e a roupa para impedir que a chama se alastrasse para o restante da fantasia.
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