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Londrina, no Norte do Paraná, é um "ponto nevrálgico" da ação dos falsificadores de prótese. A informação é José Navas Junior, delegado que preside o inquérito que apura a produção e comercialização irregular de próteses humanas, da delegacia da Polícia Federal de Marília (SP). A operação da PF, que foi batizada de Metalose, apreendeu documentos e próteses em 12 cidades de 4 estados brasileiros, no último dia 3, incluindo uma clínica médica Londrina.

Segundo Navas Junior, as ligações da cidade com a falsificação de próteses são maiores que o divulgado pela imprensa. O caso tramita em segredo de Justiça e, por isso, os nomes dos envolvidos não são revelados.

Além da clínica, em Londrina a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em uma empresa de representação de materiais ortopédicos, uma residência e na sede de uma entidade. Segundo Navas, entretanto, há mais pessoas envolvidas, inclusive, moradores em cidades da região.

Todo o material apreendido em Londrina – documentos fiscais, prontuários médicos e duas próteses - e em Curitiba foi levado a Marília. O delegado aguarda a chegada dos materiais recolhidos em Petrolina (PE), São Paulo e Campinas. Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegarão a Marília no dia 15 para periciar o material. "A partir do que os laudos apontarem vai ser possível promover o indiciamento dos envolvidos", disse Navas.

Inicialmente, a intenção é tomar os depoimentos na delegacia da PF em Marília. "Se não for possível, me desloco até Londrina. A partir desses depoimentos podem surgir novos fatos e a investigação ser ampliada" afirmou. Não há previsão de quando as pessoas envolvidas serão ouvidas.

Metalose é o nome da doença provocada pela rejeição do organismo às próteses falsificadas. A doença surge cerca de 5 anos depois do implante, sendo que a vida útil de uma prótese original é de 15 anos. As próteses cuja fabricação é investigada seriam produzidas a partir de sucata de aeronaves.

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