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Esporte não é pára-quedismo

Os pára-quedistas não gostam de ser confundidos com praticantes de "base jump". A diferença é o pára-quedismo não é feito com saltos a partir de bases fixas, mas de aviões ou helicópteros, a partir da altura de cerca de mil metros. Os próprios pára-quedas utilizados são diferentes e, no pára-quedismo, há sempre um equipamento de reserva no caso de falha do primeiro.

O base-jump é um salto a partir de base fixa a baixa altitude. usa equipamento especial e não é regulamentado, ao contrário, é até proibido em muitos casos.

Um praticante de "base jump" (salto de baixíssima altitude, com pára-quedas especial), Jeferson Bittencourt, 29 anos, ficou gravemente ferido após saltar de um edifício em construção de cerca de 90 metros de altura (30 andares) no bairro Mossunguê, em Curitiba, por volta das 5h30 de sábado. Segundo o cabo Francisco Monteiro, da Central de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom), o esportista estaria treinando o salto.

Antes de atingir o solo, o pára-quedas se enroscou em uma árvore, mas Bittencourt caiu no chão, sofrendo fraturas generalizadas, principalmente na região da coluna vertebral.

O homem está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Vita, na BR-116, em estado grave e corre risco de morte. Ele já passou por dois procedimentos, uma cirurgia na coluna vertebral e a instalação de um monitor de pressão intra-craniana.

O porteiro José Carlos Gonçalves trabalha em um dos prédios do Mossunguê e sempre pega ônibus no tubo São Grato, em frente ao local onde o pára-quedista caiu. No sábado, ele chegou ao local por volta das 7h10. Naquele momento, Bittencourt já tinha sido removido para o hospital, mas o pára-quedas continuava preso à árvore. "Quando vi aquele tecido colorido, pensei que fosse um balão porque sempre vejo balões por aqui", diz.

O cobrador de ônibus que estava de plantão naquele horário contou ao porteiro que Bittencourt já tinha tentado saltos na região outras vezes, todos eles bem-sucedidos.

"O cobrador me disse que, na quarta ou na quinta-feira, o praticante de "base jump" tinha saltado pela manhã e descido normalmente ali na rua, entre os ônibus. Depois ele ainda retirou o pára-quedas para que não enroscasse nos ônibus."

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