O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ontem que as cidades deverão construir ou ampliar sua rede de saúde para receber os médicos "importados". "Os municípios que queiram [receber médicos] terão de acessar recursos para a construção e a ampliação das unidades de saúde. Queremos colocar médicos brasileiros e estrangeiros em unidades cada vez mais com qualidade, para resolver mais perto, nos bairros, o problema de saúde das pessoas", disse.
Com médico e estrutura, continuou Padilha, a unidade básica de saúde pode resolver até 80% dos problemas da comunidade. Ainda segundo ele, os médicos estrangeiros recrutados pelo governo federal para trabalhar em áreas carentes do país terão de fazer um teste de proficiência em português para receber o registro provisório.
Padilha disse que pretende trabalhar em um memorando bilateral com o Ministério da Saúde da Espanha. "O Ministério da Saúde da Espanha sinalizou o interesse de ampliar a cooperação conosco, interesse de intercâmbio para o envio de profissionais médicos e interesse de cooperar em projetos específicos para periferias ou municípios do interior."
O ministro ainda criticou a posição das entidades médicas, que têm sido muito enfáticas na rejeição à proposta de trazer médicos sem passar pela revalidação nacional dos diplomas. Padilha defendeu um "diálogo que seja respeitoso, que não seja agressivo e venha cheio de adjetivos".
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