O governo do Paraná vai alugar 200 novas viaturas que serão destinadas à Polícia Militar (PM), para reforçar o policiamento ostensivo e preventivo em Curitiba e Região Metropolitana. A iniciativa visa a reduzir crimes contra o patrimônio, principalmente assaltos e arrastões. No último fim de semana, dois restaurantes foram roubados na capital paranaense. Em um dos casos, dois funcionários foram baleados e um suspeito, morto em confronto com policiais. Há um mês, o governo admitiu que havia 1,4 mil viaturas paradas por falta de manutenção.
O aluguel foi definido em uma reunião do secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquista, com o governador Beto Richa (PSDB). O governo entende que a locação dos veículos seria mais vantajosa que a aquisição, porque a empresa locatária também ficaria responsável pela manutenção da frota. Caso a experiência realizada na região de Curitiba seja positiva, o Paraná deve estender o aluguel a regiões do interior.
A Sesp disse que os procedimentos ainda estão em fase inicial. Por isso, não há uma previsão para que os novos carros sejam incorporados à frota da PM. Também não há uma estimativa de quanto o aluguel deve custar aos cofres públicos. Sabe-se apenas que a locação deve ser bancada com recursos do Fundo Especial de Segurança Pública (Funesp).
Treinamento
A Sesp informou ainda que 2,2 mil policiais militares que foram contratados no ano passado estão passando por treinamento. A expectativa é de que nos próximos meses os agentes formados estejam aptos a ir para as ruas. Parte deles será destinada à região de Curitiba.
A Associação dos Praças da PM Paraná (Apra-PR) vê com bons olhos o aluguel de uma novos carros, mas pede urgência nos procedimentos. O presidente da entidade, Orélio Fontana Neto, estima que menos de 30% da frota esteja parada. “O que não está parado, está sucateado tem viatura que chega a chover dentro”, disse. “Tem alguns batalhões que os policiais estão fazendo patrulhamento a pé, porque simplesmente não tem viatura”, apontou.
Histórico
O problema das viaturas encostadas – “baixadas”, na gíria policial – por problemas mecânicos vem se arrastando ao longo dos últimos anos. Em maio de 2015, por exemplo, a Gazeta do Povo mostrou que apenas uma das 41 viaturas do 23º Batalhão da PM estava rodando. As outras 40 estavam paradas, aguardando manutenção.
Antes disso, viaturas da região de Curitiba que precisavam de conserto eram enviadas a oficinas mecânicas de Guarapuava, no Centro-Sul do estado. O móvito: o governo do estado não tinha mais crédito para providenciar os reparos em oficinas de Curitiba.
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