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Curitiba voltou a ter cara de Curitiba ontem com cerca de 80% dos seus ônibus multicoloridos novamente em operação – embora os veículos ostentassem um aviso da Urbs informando que 60% da frota estaria disponível. Um cenário bem diferente de terça-feira, quando a greve de motoristas e cobradores deixou as canaletas e terminais desertos, o trânsito caótico e os passageiros indignados.

No terminal do Capão Raso, palco das manifestações mais aguerridas anteontem, o clima ontem já era de absoluta tranqüilidade, como relatou a dona de casa Loezi de Andréia, 53 anos. "Hoje estava normal, parecia até um pouco mais vazio no horário em que eu peguei", comentou. Ela tomou a linha Rondon até o terminal do CIC e de lá se dirigiu ao Capão Raso.

Opinião diferente manifestou a também dona de casa Maria Raimunda de Oliveira, 45 anos, que usou a linha Sabará até o CIC, e de lá o Colombo-CIC até o terminal do Capão Raso. "Está mais ou menos, o ônibus demorou, mas não tanto assim", observou. "Mas estava bem cheio."

Mais adiante, no terminal do Pinheirinho, a manicure Magda Gilvane de Souza, 29 anos, disse ter sentido os efeitos da redução na frota. "Não está essa maravilha. A gente costuma esperar entre 5 e 10 minutos e hoje chegou a ficar mais de 15 minutos no ponto", relatou a moça, que também se queixou da superlotação. "Normalmente a gente já fica espremido, tanto que o meu marido diz que parece um zoológico, com todo mundo pendurado. Hoje parecia que tinha o dobro de gente."

Na mesma estação, a professora Marilda de Fátima Barbosa, 43 anos, comentou que a situação estava normal, mas criticou duramente a greve. "É um absurdo, a gente faz quatro anos de faculdade, um de pós-graduação, e ganha menos que um cobrador de ônibus, que às vezes nem tem ensino médio", desabafou. "Acho que eles têm o direito de se manifestar, mas não de prejudicar os outros. O que aconteceu aqui não foi greve, foi vandalismo, e acho que eles tinham que pagar o que estragaram."

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