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Parada do Orgulho LGBT leva multidão à Avenida Paulista

 | EFE/Sebastião Moreir
(Foto: EFE/Sebastião Moreir)

A chuva que atingiu a capital paulista não diminuiu a animação dos participantes da 17ª edição da Parada do Orgulho LGBT. Com bandeiras nas cores do movimento (lembrando um arco-íris), fantasias e faixas pedindo a saída do Deputado Marcos Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, cerca de 400 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (dados coletados por volta das 14h), acompanham os 17 trios elétricos que passam pela Avenida Paulista e descem pela Rua da Consolação, com destino à Praça da República, no centro da capital.

O evento começou por volta das 13h30, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. O tema da parada deste ano é Para o Armário Nunca Mais! União e Conscientização na Luta contra a Homofobia. Um dos destaques da Parada do Orgulho LGBT deste ano é a presença da cantora Daniela Mercury. Ao fim da parada, que passa também pela Rua da Consolação, ocorrerá um show de encerramento com as cantoras Mariene de Castro e Ellen Oléria, no palco que foi montado na Avenida Ipiranga.

Completando nove anos de presença na parada, Almir Cardoso, fantasiado de arco-íris lamentou a ausência do sol. "Queria que saísse o sol. Trouxe o sol na cabeça, os raios. Mas, infelizmente, ele [sol] não quis vir hoje. Mas é festa do mesmo jeito", disse.

"Acredito que a importância da parada seja as aquisições que estamos tendo referentes aos novos direitos e valores. Algumas pessoas pensam que é só festa, mas não é só isso. É também um manifesto e conquistas, como agora, com a aprovação e oficialização do casamento [entre homossexuais] e da comunhão estável. Além disso, tem também [a questão] da visibilidade, para se ter menos preconceito e mais respeito", disse Cardoso à Agência Brasil.

A parada, como já é tradição, atrai também pessoas que se declaram heterossexuais, como é o caso de Marli Ribeiro, 70 anos, que acompanha o evento deste ano acompanhada da filha. "Esta é a segunda vez que venho. Eu me divirto, tiro fotos. Como eu morava no Rio, isto me lembra o carnaval, e me transporto aqui. Aqui só se vê pessoas alegres", declarou.

Um grupo que se identificava como skinheads e punks acompanhou o evento com uma faixa contra a homofobia. Em entrevista à Agência Brasil, um dos integrantes, que se identificou apenas como Max, disse ser contrário à homofobia. "Sou bissexual, minha namorada está do meu lado e apoia o movimento", disse.

A Parada deste ano conta com 17 trios elétricos. O último deles faz uma campanha contra a permanência do deputado federal Marco Feliciano na presidência da Comissão dos Direitos Humanos.

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