Na abertura da 18.ª Parada do Orgulho LGBT, ontem, militantes cobraram das autoridades a aprovação de leis contra a homofobia e a favor dos direitos de transexuais. O presidente da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo), Fernando Quaresma, reclamou da anexação do projeto de lei 122/06, que criminaliza a homofobia, ao projeto de reforma do Código Penal, a ser analisado mais tarde. A medida foi aceita por votação no Senado, em dezembro.
"Por que o PL foi arquivado e agora temos que esperar a redação do novo Código Penal? Os parlamentares que decidiram isso estão com as mãos cobertas de sangue dos LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transexuais]", disse. Quaresma citou o Grupo Gay da Bahia (GGB), que contabiliza 310 homossexuais e travestis assassinados em 2013 e defendeu a aprovação da lei de Identidade de Gênero.
A manifestação teve como mote "País Vencedor É País Sem Homolesbotransfobia: Chega de Mortes! Pela aprovação da Lei de Identidade de Gênero!" Mencionando a dificuldade de se aprovarem certos projetos no Congresso, a ministra Ideli Salvatti (Direitos Humanos) disse que "é preciso transformar esses milhões de participantes [da Parada Gay] em votos para [novos representantes no] Congresso Nacional". Pelo Twitter, a presidente Dilma Roussef disse que o módulo LGBT do Disque100 é hoje a principal ferramenta no combate à violência homofóbica. O serviço é gratuito, anônimo e funciona, afirma a presidente.
Considerada uma das maiores do mundo, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo deste ano teve patrocínio da prefeitura e dos governos estadual e federal, além de empresas. O presidente da APOGLBT não informa quanto a organização recebeu de dinheiro público para o evento. A prefeitura afirma ter investido R$ 2 milhões na Parada Gay, que, segundo ela, movimenta R$ 220 milhões na cidade. A Secretaria de Estado da Cultura, que organizou parte do show de encerramento e duas atrações que antecederam a Parada, afirma ter investido R$ 150 mil.
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