Policiais federais de todo o país promovem, nesta quarta-feira (14), uma paralisação de 24 horas, com o objetivo de cobrar do governo federal uma reestruturação salarial para a categoria. No Paraná, os policiais sete das oito unidades da Polícia Federal (PF) aderiram ao chamado Dia Nacional de Paralisação. Apesar disso, os serviços considerados essenciais devem ser mantidos neste dia de mobilização. Em Curitiba, os policiais se concentravam, na manhã desta quarta, na sede da PF, no bairro Santa Cândida.
Segundo o Sindicato Estadual dos Policiais Federais (Sinpef-PR), a categoria mantém um efetivo mínimo necessário a execução de serviços como custódia de presos, emissões e retiradas de passaportes, e fiscalização em fronteiras e em aeroportos. "Os serviços vão ser mantidos, para minimizar os prejuízos à sociedade. Mas ,como o número de policiais trabalhando é reduzido, deve haver algum transtorno", disse o presidente do Sinpef-PR, Silvio Fernandes Jardim. Por volta das 9 horas, o sindicato não havia feito um levantamento do porcentual de policiais que estavam paralisados, mas, segundo Jardim, a adesão é "maciça".
Com a paralisação, a categoria espera sensibilizar o governo. De acordo com Jardim, há indicativo de que o Ministério do Planejamento receba um comando de policiais federais para discutir propostas. Caso não haja acordo, o sindicato acredita que a paralisação pode ter "desdobramentos". "Apesar de inúmeras reivindicações, o governo mantém o descaso em relação a nossas perdas salariais. Não descartamos novas paralisações nem a possibilidade de greve geral", disse Jardim.
Na avaliação do sindicato, outras carreiras foram reestruturadas, enquanto os salários dos policiais federais tiveram correções menores. Segundo a Federação Nacional dos Policias Federais (Fenapef), desde 2002, a categoria teve 83% de variação salarial, ao mesmo tempo que outras carreiras do Executivo tiveram variações de 140% a 553%.
Além de Curitiba, outras também se paralisaram as unidades da PF de Cascavel, Guaíra, Foz do Iguaçu, Londrina, Guarapuava e Paranaguá. Em Maringá, houve um ato pela manhã, mas os policiais federais não aderiram à paralisação. De acordo com o Sindef, cerca de 800 policiais federais atuam no Paraná.
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